Neste último domingo (11), o Brasil realizou o primeiro plebiscito sobre a divisão de um estado. Com um resultado de 66,6% os eleitores rejeitaram a proposta que criaria os estados de Carajás e do Tapajós, enquanto 33,4% se disseram favoráveis. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, 4.848.495 eleitores estavam aptos a votar, mas houve 1.246.646 abstenções, o equivalente a 25,71% do total. Os números do plebiscito ainda somam, 33,4% de eleitores que se disseram favoráveis a divisão, 1,05% de votos nulos e 0,41% em branco, em um total de 3,6 milhões de votos válidos.
Na votação os eleitores tinham que responder sim ou não a duas perguntas: na primeira, se era a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Tapajós; e na segunda, se era a favor da divisão do Pará para a criação do estado de Carajás. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Ricardo Lewandowski, disse ontem (11), em Belém, que o plebiscito é um momento histórico extremamente importante. Lewandowski ainda lembrou que os custos previstos para o plebiscito, que eram de R$ 25 milhões, foram inferiores, e devem ter ficado em torno de R$ 19 milhões, incluindo o uso das Forças Armadas.
“Realmente é um momento histórico extremamente importante, e isso mostra que a democracia brasileira está amadurecida e consolidada”, disse o ministro. “Novamente o povo brasileiro, notadamente o povo paraense, comparece às urnas de forma absolutamente ordeira e pacífica para manifestar a sua opinião quanto à possível separação do estado”, afirmou Lewandowski.
Se aprovada a divisão, o Pará iria ficar com um área de 17% do seu território atual, e continuaria com a capital Belém. Já Tapajós, ocuparia uma área de 59%, e Carajás 27% da área do estado.
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