Donas da voz – 5 Mulheres contam o que gostariam que fosse sempre pauta na mídia

Hypeando

Elas quebram regras, paradigmas e preconceitos. São de todos os tipos e de todas as raças e, independente de “puras, recatadas, do lar ou do bar”, estão em luta constante para fazer valer os seus direitos. Na matéria de hoje, o Pátio Hype apresenta cinco mulheres com personalidades distintas, mas com um desejo em comum: Ver a mídia dar mais espaço à mulher.

Entre tantas mulheres que admiramos, escolhemos estas cinco pela história de vida que mostra o que já fizeram ou ainda fazem por elas. Mulheres que – cada uma do seu jeito e na sua área – valorizam o “Ser mulher” de uma forma toda especial. O que pretendemos com isso? Permitir que não só hoje, data em que grande parte do mundo celebra o Dia Internacional da Mulher, como em todos os outros dias, estas e outras mulheres sejam as donas da voz! Sem importar o que a mídia, o governo ou as empresas acham que é relevante estar em pauta. Afinal, quem deve ser protagonista desta ocasião, assim como da vida, somos nós mulheres. Ninguém mais!

Conheça Bia Lopes, Klycia Fontenele, Patrícia Saboya, Fernanda Zeballos e Renata Cavalcante e saiba o que elas querem ver em pauta no Dia Internacional das Mulher.

[two_third][google_font font=”Courgette” size=”25″ weight=”400″ italic=”0″ letter_spacing=”” color=”#DF013A” subset=””]Bia Lopes – Publicitária e autora do blog Conversa de Gente Fina[/google_font]

“Ser mulher é ser super em um corpo de humana. Temos que ser super em muita coisa, amadurecemos rápido, somos cobradas como namoradas, esposas, mães, profissionais e somos cobradas quando resolvemos não seguir o que a sociedade considera padrão para uma mulher, seja em relação ao corpo, à família, à profissão ou a outras decisões pessoais, como não ter filhos, por exemplo. Bom, em relação ao que a mídia deveria focar, penso que deveríamos dar mais ibope para as mulheres maduras, acima dos 50 anos e parar de associar essas mulheres apenas em situações que remetem à velhice, velhice saudável, etc. [blockquote author=”” link=”” target=”_blank”]Nem toda mulher depois dos 50 se sente velha, muitas estão bem dispostas, em plena saúde e querem ter uma vida normal, como trabalhar, ser independentes, namorar e ter uma vida sexual ativa.[/blockquote] Mas não são esses os padrões que a sociedade impõe. É preciso rever os nossos conceitos e a mídia tem um papel fundamental nisso, como formadora de opinião. Espero que em breve as coisas estejam realmente diferentes. Não perco minha esperança, jamais”.[/two_third][one_third][/one_third]

[one_third][/one_third][two_third][google_font font=”Courgette” size=”25″ weight=”400″ italic=”0″ letter_spacing=”” color=”#DF013A” subset=””]Klycia Fontenele – Jornalista e escritora[/google_font]

“Mulher é gente, ou seja, mulher é forte, frágil, cheia de desejos e frustrações. Mulher é sexy, madura, infantil, dona de um universo de sonhos pra sonhar e pra viver. Mulher é bicho humano, maravilhosamente imperfeita, que merece respeito e viver com dignidade. [blockquote author=”” link=”” target=”_blank”]Sobre a mídia… Mais fácil dizer o que não quero.[/blockquote]

Mas, sinto falta do belo, não o belo da estética padronizada… Mas a beleza que surge no que é sincero, verdadeiro. É… Acho que gostaria de ver boas intenções, programas de ficção ou jornalísticos que se ocupassem mais com o ser humano e menos com o vil metal. Impossível de ver isso na mídia?! Pois é, eu sonho (risos). Afinal sou mulher, sou humana”.[/two_third]

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[two_third][google_font font=”Courgette” size=”25″ weight=”400″ italic=”0″ letter_spacing=”” color=”#DF013A” subset=””]Patrícia Saboya – Pedagoga e conselheira do Tribunal de contas do Estado[/google_font]

“Gosto de ser mulher. Simplesmente gosto. Gosto de saber que somos 51% da população e que os outros 49% são nossos filhos! Dividimos tudo no globo, mas mesmo assim, somos tratadas com intolerância, injustiça e, muitas vezes, violência. [blockquote author=”” link=”” target=”_blank”]Continuo sonhando e lutando por um mundo melhor. Por isso, continuo gostando de ser mulher, porque sei que é a nossa inteligência que será capaz de transformar o mundo, é a nossa resistência que fará com que vença o amor,[/blockquote] é a nossa sensibilidade que facilitará a construção de um mundo de paz, pois sempre seremos capazes de nos reinventar!

Na mídia, gostaria que fosse mais abordada a questão da diferença salarial entre homens e mulheres, o que nos dias atuais em um mundo contemporâneo é simplesmente inaceitável. A baixa representatividade política e administrativa de participação das mulheres na vida do país também é algo que, na minha opinião, deve ser sempre questionado… Mas o tema a ser colocado permanentemente em debate ainda é a violência contra a mulher, pois nada é tão surpreendente e intolerável quanto a violência doméstica.

A Lei Maria da Penha já foi um grande avanço, pois abriu as portas de lares com mulheres vítimas de abuso e violência física e psicológica. Mas nós ainda precisamos sim, e muito, estimular e facilitar os canais de atendimento e assegurar às mulheres a proteção necessária e o resgate da sua dignidade e, especialmente, da sua liberdade. Liberdade de ser mulher! Livre de quaisquer formas de discriminação e violência…”[/two_third][one_third][/one_third]

[two_third][google_font font=”Courgette” size=”25″ weight=”400″ italic=”0″ letter_spacing=”” color=”#DF013A” subset=””]Fernanda Zeballos – Atriz[/google_font]

“Para mim e acho que para tantas outras mulheres, parece muitas vezes que temos que fazer mais do que todo mundo para ficarmos bem, sermos produtivas e bem sucedidas. Das coisas que não gosto, por exemplo, estão atividades de rotina de beleza que infelizmente são necessárias como fazer/pintar as unhas, depilação e pintar a raiz dos cabelos, já que não tenho a menor paciência para ficar em cabelereiro. [blockquote author=”” link=”” target=”_blank”]Já uma das melhores coisas de ser mulher, pra mim pelo menos, é ter a capacidade fazer várias coisas ao mesmo tempo, uma característica feminina que vem “desde a criação” (risos)![/blockquote]

Sobre os assuntos femininos na mídia gostaria de ver mais coisas dedicadas especificamente a nós, como dicas de saúde, viagens e principalmente ideias inovadoras, que possam realmente facilitar nossas vidas no dia a dia de rotina corrida.[/two_third][one_third][/one_third]

[two_third][google_font font=”Courgette” size=”25″ weight=”400″ italic=”0″ letter_spacing=”” color=”#DF013A” subset=””]Renata Cavalcante – Pesquisadora, Realizadora e Produtora Audiovisual[/google_font]

“Ser mulher pra mim é aprender a se conhecer diariamente, se permitir livrar de alguns ensinamentos sociais que limitam e se superar. É poder ser o que quiser e se reconhecer em outras mulheres. Nada fácil ser mulher, mas é o sexo/gênero forte. [blockquote author=”” link=”” target=”_blank”]Ser mulher é curtir a beleza de ser quem eu sou, e tentar driblar todo um mundo machista.[/blockquote] Na mídia gostaria de ver mais histórias de mulheres que tiveram filhos aos 40, ainda acho isso um tabu”.[/two_third][one_third][/one_third]

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Ao homenagear e dar espaço para essas cinco mulheres, gostaríamos de representar nosso desejo de que todas as outras também possam ter voz. A intenção é voltar a essa reflexão sempre que possível. Assim, poderemos também acompanhar as respostas ao longo do tempo, torcendo para que o contexto de injustiças no qual ainda estamos inseridas seja transformado.

Por: Samya Nara

Fotos: Reprodução. 

 

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