Cinema nacional: “Gonzaga – De Pai pra Filho”

Cultura

Depois do sucesso estrondoso de filme “2 Filhos de Francisco”, o diretor Breno Silveira não pensava mais em fazer nenhuma biografia. As ofertas vinham aos montes, mas ele simplesmente não aceitava. Até que apareceu “Gonzaga – De Pai pra Filho”, que estreou cheio de expectativas de talvez se consagrar nas bilheterias brasileiras. Não que Gonzaga seja exatamente um astro contemporâneo. “Para fazer um filme de sucesso, seria muito mais fácil pegar Aviões do Forró”, comentou o diretor, durante entrevista coletiva com jornalistas em São Paulo.

A ideia surgiu de Maria Hernandez, que há sete anos começou a investigar a vida de Gonzaga indiretamente, depois de uma sugestão de Daniel, filho de Gonzaguinha. A partir daí, muitas informações valiosas sobre Gonzagão foram desenterradas. Descobriram que pai e filho mal se falavam, fruto de uma infância e adolescência marcada por abandono, rebeldia, mágoa e embates violentos.

O primeiro passo foi convencer a família Gonzaga, o que deu tão certo que hoje o gerenciamento dos direitos autorais de Luiz Gongaza está todo nas mãos de Daniel, também músico. Resolvida essa etapa, o próximo desafio foi escalar o elenco. Depois de testar vários atores conhecidos para o papel principal, Silveira desistiu. “Comecei a entender que ninguém era parecido, cantava ou tinha a voz de Gonzaga. Ninguém parecia completo. Mas sabia que em algum canto desse país devia ter um Gonzaga”.

A equipe iniciou, então, uma campanha Brasil afora e o retorno foi avassalador: apareceram cinco mil interessados. Depois de um longo processo eles foram reduzidos a cinco e levados para um apartamento no Rio de Janeiro. De lá saiu o paulista Chambinho do Acordeon. “Ele tinha voz, empostação e uma sanfona muito parecida com a do Gonzaga. Precisava de alguém que tivesse alma de sanfoneiro, não de ator”, explicou o diretor.

Na adolescência de Gonzagão assumiu o mineiro Land Vieira, e na velhice, Adélio Lima. Júlio Andrade foi fazer o teste já transformado para o papel: roupa branca, barba comprida, peruca, cigarro e violão a tiracolo e ganhou o papel de Gonzaguinha. “Quando Júlio acabou, mandei todo mundo que ainda estava esperando embora”, contou Silveira.

Confira o Trailer Oficial: Gonzaga – De pai pra filho

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Fotos: Reprodução

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