Os pais olham os filhos sempre com muito orgulho. Em muitos momentos, acham que eles têm desenvolvimento mais rápido e são mais espertos do que as outras crianças. No entanto, cada grupo, de acordo com sua faixa etária, possuí necessidades, vontades e características específicas. Por isso, preocupados com o futuro dos filhos, muitos pais sentem dúvidas em decidir o momento certo para estimular a criança em atividades extracurriculares ou dar mais liberdade aos que já são adolescentes, por exemplo.
Antes de definir quando acrescentar atividades à rotina, falar sobre assuntos delicados, permitir o namoro ou idas à balada, é importante levar em consideração o grau de maturidade dos filhos. Para te dar uma mãozinha nessa questão, o No Pátio fez uma lista que indica a idade ideal para iniciar dez hábitos e atividades, vamos conferir?
Primeira Infância
No Brasil, consideramos que a Primeira Infância acaba quando a criança completa seis anos de idade. Este é um período muito importante para o desenvolvimento dos pequenos e as experiências dessa época são relevantes para o resto da vida.
– Tirar a frauda: Entre os 24 e 32 meses
Segundo pediatras, um dos indícios de que chegou a hora de iniciar esse processo é que nesta fase as crianças começam a sinalizar quando querem fazer xixi ou cocô.
– Comer sozinho:
Não existe uma idade certa ou pré-determinada para a criança começar a comer sozinha, o que deve ser observado é a sua maturidade, se ela já consegue segurar a colher e levá-la à boca. Essa atitude deve partir da criança e deve ser estimulada, pois o fato de comer sozinha está relacionado à sua autonomia e independência, que estão começando a aparecer.
– Esportes recreativos: A partir dos três anos
A partir dessa idade as atividades esportivas já estão liberadas, já que antes disso a criança ainda não está apta a coordenar alguns movimentos e não tem muita capacidade para manter a atenção na mesma tarefa por muito tempo. A modalidade mais indicada é a natação, que estimula o desenvolvimento muscular e cardiorrespiratório da criança.
Saindo da fase da primeira infância, as crianças estão mais travessas, já possuem maturidade para assimilar regras e o seu desenvolvimento permite movimentos mais elaborados, como os exigidos no futebol, no tênis e no vôlei, por exemplo.
– Ir ao teatro: A partir dos cinco anos
Esse programa é mais dinâmico e interessante para as crianças do que ir ao cinema, pois os deixam mais tempo atentos e elas já entendem que não podem atrapalhar as outras pessoas.
– Ficar sozinha em casa: A partir dos 13 anos
Nessa idade a criança já pode ficar sozinha por alguns períodos, pois tem autonomia para tomar decisões básicas e executá-las, como preparar um lanche ou pedir ajuda pelo telefone, por exemplo. Deixar algumas orientações antes de sair de casa é sempre importante.
– Ir à balada:
Vale o bom senso. Os pais devem levar em conta onde será a festa, quem são os frequentadores e se há adultos supervisionando o local. Se todos os amigos do seu filho costumam ir, deixá-lo de fora pode trazer frustração e problemas de identificação grupal.
– Viajar com os amigos: A partir dos 13 anos
A partir dos quatro anos, os pequenos já podem frequentar acampamentos na companhia de monitores e outras crianças (como irmãos e colegas de escola). Realizar viagens longas pode ser muito cansativo para os mais novos, então o ideal é esperar eles completarem 13 ou 14 anos. Antes de autorizar seu filho a viajar sozinho, é fundamental se informar sobre o destino, a estrutura do local e os amigos que o acompanharão no passeio.
– Falar sobre sexo: A partir dos seis anos
Antes disso as crianças ainda não têm conceitos específicos sobre sexualidade, mas já fazem perguntas e são curiosas, então responda de forma simples e objetiva, sem rodeios e muitos detalhes. Quanto mais velha e madura a criança for, maior a capacidade de compreensão e, assim, pode-se aprofundar nas explicações. Mantenha o canal aberto para a comunicação e nunca deixe uma pergunta sem resposta. Caso seja pego de surpresa e não saiba o que dizer, seja honesto: diga que não sabe, mas que vai se informar a respeito e que lhe dará retorno.
– Conversar sobre a morte: Depois dos 12 anos
De acordo com a psicóloga Triana Portal, só a partir dos 12 anos a criança é capaz de entender conceitos subjetivos sobre o tema, mas a curiosidade vem antes disso. O adulto deve usar situações do cotidiano para explicar de forma concreta como a morte acontece. Evite explicações abstratas de cunho religioso ou fantasioso. A criança leva tudo ao pé da letra, e dizer coisas como “vovó foi viajar” ou “fulano está no hospital” pode confundi-la e levá-la a crer que todos aqueles que forem viajar nunca mais voltarão ou então que o seu cãozinho de estimação poderá voltar algum dia.
– Namorar:
Não existe idade certa e de acordo com a psicóloga Cybele Micai, a idade ideal é a da maturidade, o que muda de acordo com cada pessoa. Proibir não é o ideal, o que deve ficar claro para a criança ou adolescente é que namorar exige responsabilidade e envolve sentimento.
As crianças evoluem muito rápido e a mesma faixa etária acaba tendo diversas fases de maturidade. Os pais também devem ficar atentos às mudanças de valores nos tempos pós-modernos, já que suas referências da infância obviamente não são as mesmas da infância dos filhos. Cada geração tem os seus valores e na hora de conversar ou acrescentar atividades na rotina da criança é importante levar isso em consideração.
Fotos: Reprodução.