Em seu discurso na ONU Dilma critica o preconceito ao islamismo

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Democracia, paz, guerra, Palestina, igualdade, Síria. Estes temas, entre outros, embalaram o discurso da presidenta Dilma Rousseff na manhã desta terça-feira (25), por ocasião da abertura a 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Em sua fala a presidenta reagiu a acusação do governo dos Estados Unidos de que o Brasil adotou medidas protecionistas para garantir mercado aos seus produtos. Ela foi incisiva em negar quaisquer desvios de conduta ou irregularidades e disse que todas as decisões adotadas no Brasil são respaldadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

“A história revela que a austeridade quando exagerada e isolada do crescimento derrota a si mesma. [No Brasil nós] aumentamos nossos investimentos em infraestrutura e combate à inflação, de inclusão social e combate à pobreza. Reduzimos a carga tributária e o custo da energia”, disse Dilma, informando que mais de 40 milhões de brasileiros foram retirados da pobreza nos últimos anos.

No que diz respeito à paz na Síria, Dilma espera que se invista em uma solução negociada e pacífica. “Lanço um apelo para que as partes envolvidas nos conflitos deponham as armas e juntem suas forças [em busca de uma solução pacífica]”, disse a presidenta. “Não há solução militar para a crise. A diplomacia e o diálogo são a alternativa.”

“O Brasil condena a violência que ceifa vidas. A Síria produz um drama humanitário em seu território e seus vizinhos. Recai sob o governo de Damasco as responsabilidades. Mas sabemos também das responsabilidades das oposições armadas”. Lembrou Dilma, dizendo que o Brasil condena quaisquer violações de direitos humanos identificadas na Síria, como assassinatos, torturas, violência sexual e prisões indevidas.

Em um discurso de 23 minutos Dilma falou ainda sobre o reconhecimento do Estado Palestino e sobre o preconceito ao islamismo.

“Registro o nosso mais veemente [protesto contra] o preconceito ao islamismo”, reagiu Dilma, provocando aplausos entre os presentes, referindo-se aos mais recentes episódios envolvendo o filme que satiriza o profeta Maomé e o islamismo. “Também repudiamos os atos de terrorismo que vitimaram os diplomatas norte-americanos”, acrescentou ela, mencionando o embaixador norte-americano Chris Stevens e três de seus funcionários mortos durante ataque na Líbia.

“O Brasil apoia o reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno. Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de paz e estabilidade [com Israel]”.

 

Foto: reprodução

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