Não é fácil assumir para o mundo que se é homossexual. Muito menos que se é transgênero, ou seja, que você não se identifica com seu sexo biológico. Em um mundo cheio de preconceitos, enfrentar este tipo de situação pode acabar sendo extremamente problemático. Mas, por sorte, nem todo mundo nasce com os olhos cobertos pelo véu do preconceito.
Vejamos a história de Miguel. Ele é um homem transgênero, ou seja, nasceu com a genitália feminina, mas sempre se viu como homem. Ele teve a sorte de nascer em uma família extremamente apoiadora. Principalmente seu pai. E foi exatamente o pai quem surpreendeu o filho transgênero ao lhe proporcionar um dos momentos mais emocionantes de sua vida.
Segundo o portal Razões para Acreditar, Miguel revelou à família que era transgênero em março deste ano. Ao ver em uma reportagem que pessoas transgêneras poderiam (enfim!) colocar seu nome social nos documentos como CPF, seu pai, Marco, resolveu fazer uma festa. Um batizado, mais especificamente, para que ele pudesse apresentar seu novo nome a todos. “Porque batizado? Porque estava nascendo um Miguel na família. O Miguel chegou na família. Era um bolo. […] Se a própria família não apoiar, quem vai apoiar?”, contou Marco ao portal.
Que pai incrível, não é, gente? “Eu costumo dizer que meu pai nasceu para ser pai. Ele é o cara que eu olho e que eu quero ser igual. Ele me ensinou o que é ser homem. Eu quero ser um pai como o meu pai”, orgulha-se o jovem. Miguel diz ainda que, desde que ele revelou ser transgênero, tudo relativo ao tema tornou-se de interesse ao pai. Sempre que aparece alguma reportagem ou dado sobre o assunto na TV ou na Internet, Marco é o primeiro a se informar e buscar os direitos não apenas de seu filho transgênero, mas de todos que assim se identificam.
Apoio incondicional
A família de Miguel ainda se confundo um pouco na hora de chamá-lo, afinal, foram anos convivendo com ele como menina. Mas aos poucos – e com o apoio de Marco – tudo vai se ajustando. Em breve, ele deverá começar a terapia hormonal acompanhado por uma equipe médica. E, o mais importante: sempre contando com o apoio daqueles que mais o amam.
Por mais histórias de aceitação como estas, até o dia em que elas se tornem tão normais que não precisem mais ser destaque em portais de notícias, não acham?
Fotos: Reprodução/Acervo pessoal