Empoderamento da mulher é tema do Outubro Rosa este ano

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Em sua décima edição, a campanha nacional Outubro Rosa visa conscientizar pacientes com câncer. Sob o mote “#PacientesNoControle – Atitude Exige Coragem”, a ação da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) chama a atenção também para a necessidade de conhecer os direitos que garantem acesso ao diagnóstico e tratamento.

De acordo com a organização European Patients Forum, empoderar as pessoas que lutam contra o câncer promove o desenvolvimento e a implantação de políticas, estratégias e serviços de saúde. Tudo isso direcionado a capacita-las para envolverem-se na gestão de sua condição.

Cerca de 960 mil novos casos de câncer serão diagnosticados no Brasil em 2017, de acordo com o INCA. Destes, aproximadamente 60 mil novos casos são de câncer de mama. Hoje milhares de pacientes e suas famílias, amigos, colegas convivem com a doença.

“Essa abordagem [empoderadora] amplia o pensamento crítico, analítico e autônomo do paciente, estimulando que participe das decisões referentes ao seu diagnóstico e tratamento. Além disso, oferece condições para reivindicar uma assistência em saúde efetiva, que atenda plenamente suas necessidades. A informação é uma ferramenta para assumir o controle”, afirma a Dra. Maira Caleffi. Ela é presidente voluntária da FEMAMA, instituição que trouxe, em 2008, o Outubro Rosa de forma organizada ao Brasil.

A iniciativa estende-se a todos que convivem com os pacientes, uma vez que um diagnóstico de câncer pode afetar o relacionamento social, familiar e profissional.

Mobilize-se 

Dentre as ações organizadas pela FEMAMA para o mês de outubro integrantes da campanha #PacientesNoControle está uma mobilização online. Ela solicita que projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados relativos ao acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer tornem-se direitos efetivos para milhares de pacientes oncológicos no país.

Neste pacote está um Projeto de Lei que determina a realização do diagnóstico em até 30 dias no Sistema Único de Saúde. Esse prazo consiste no período entre a suspeita do câncer até sua confirmação em biópsia. “Quando identificado cedo, as chances de cura do câncer de mama podem chegar a 95%; porém, atualmente não há nenhuma regulamentação neste sentido”, conta a presidente voluntária da FEMAMA.

Também consta projeto de lei a respeito da inclusão de testes que apontem mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 no SUS. Eles são capazes de avaliar a predisposição ao câncer de mama em mulheres com alto risco para a doença, permitindo medidas preventivas. Hoje, esses exames estão disponíveis somente na rede privada e o acesso a eles ainda ocorre de forma limitada.

Além da mobilização online, ONGs associadas à FEMAMA em todo o país farão caminhadas em suas cidades para conscientizar e mobilizar para o câncer de mama. As caminhadas devem se concentrar principalmente no dia 29 de outubro, repercutindo a campanha #PacientesNoControle em diversas regiões do Brasil.

Em breve a agenda de caminhadas será divulgada. A campanha contará com hotsite, quizz, vídeo, mobilização online, conteúdo para mídias sociais e materiais gráficos. Para participar, visite www.pacientesnocontrole.org.br a partir de 26 de setembro.

Fotos: Reprodução

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