O 13º salário foi instituído por lei no Brasil em 1962, mas por causa da crise econômica e da queda na arrecadação, alguns empresários admitem estar encontrando dificuldades em arcar com a folha extra dos seus servidores neste final de ano.
Em agosto deste ano, a Caixa Econômica liberou R$10 bilhões em linhas de crédito para micro e pequenas empresas (MPEs) visando ajudar empresários a financiar o 13º salário de seus funcionários, pagar férias e impostos ou simplesmente para equilibrar o fluxo de caixa. As taxas de juros partindo de 1,51% ao mês e a facilidade de contratação podem ser a solução para quem está com a corda no pescoço. Mas será que essa é a melhor opção?
De acordo com o gerente da Unidade de Acesso a Crédito e Serviços Financeiros do Sebrae Bahia, Vitor Lopes, o microempreendedor deve ficar atento para a viabilidade dos empréstimos. Para ele, planejamento é essencial para qualquer negócio que esteja começando ou que já está no mercado há muito tempo.
“Pedir empréstimo para pagar os benefícios do funcionário não é uma solução ideal, mas é a saída para quem está endividado. Se o empresário tivesse feito um planejamento e uma provisão mensal, chegaria ao final do ano com essa reserva correspondente para pagar o funcionário”, opina Vítor.
O gerente do Sebrae ressalta ainda que a linha de crédito para capital de giro é mais cara que as de investimento e concorda que, por conta da crise econômica, que afeta diretamente diversos setores, alguns empresários tenham furado o planejamento para manter o capital de giro, pagar dívidas com fornecedores, entre outros.
A orientação do especialista do Sebrae é atentar para os sinais de instabilidade, para não ser perder na correria do final de ano e acabar escolhendo a pior opção. Lembrando que, no momento da emergência e preocupação, o empreendedor deve ter em mente que é melhor pegar um capital de giro do que usar o cheque especial, cartão de crédito e desconto de duplicatas, que são muito mais caras.
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