Entidades defendem criação de parque ecológico para revitalizar o açude Cedro

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Como o No Pátio falou em matéria divulgada na quarta-feira (05), o açude Cedro vem sofrendo não só com a crise hídrica que o Ceará enfrenta como também com o avanço de construções urbanas, inclusive de instituições públicas, como a Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Instituto Federal do Ceará (IFCE).

Em audiência proposta pelo deputado Renato Roseno (Psol) – realizada na tarde de ontem (05) pela Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Assembleia Legislativa do Ceará, além de ser levantados questionamentos sobre o impacto ambiental na região com a especulação imobiliária, foi sugerido a criação de um parque ecológico na região do Cedro e o desenvolvimento de projetos de sustentabilidade na área do açude, no município de Quixadá.

Segundo o presidente dos Movimentos Sociais de Defesa do Cedro, Augusto Lúcio de Freitas, com mais de cem anos de construção, o local nunca passou por revitalização. “A gente está articulando, junto ao município, para transformar em um projeto de ecoturismo, criar um parque ecológico na área”.

Na ocasião, Augusto Lúcio também afirmou que, além das más condições de vida para quem vive no entorno, o problema afeta o desenvolvimento do turismo no município.

O diretor do Instituto de Convivência com o Semiárido Brasileiro, Osvaldo Alves, apresentou cinco propostas para minimizar impactos no açude Cedro, são elas: Regulamentação do perímetro da área, formação de Termo de Ajuste de Conduta (TAC), formação do Conselho Gestor de Preservação do Patrimônio, formação de termos de parceria para manutenção da área e estruturação do Plano de Manejo do Agrupamento Galinha Choca como unidade piloto para demais conjuntos e convênio de comando da área com entidade civil do Conselho Gestor.

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Em relação à ocupação das universidades na região, o diretor do Campus da UFC em Quixadá, Davi Romero de Vasconcelos, defendeu que as instituições são “guardiãs do meio ambiente”.

Artur Bruno, secretário do Meio Ambiente do Ceará, fez uma apresentação sobre a Unidade de Conservação Monumento Natural dos Monólitos de Quixadá, enfatizando a presença das universidades como forma de preservação e lembrou que o açude concorre ao título de Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (Unesco).

Ainda conforme Artur Bruno, foi criado um Grupo de Trabalho (GT), com participação de 11 instituições, para pensar medidas de conservação na região.

Fotos: Reprodução. 

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