Logo no início da manhã de ontem, cerca de 30 pessoas em situação de rua demonstraram entusiasmo após o anúncio de que poderiam usar os banheiros do Corpo de Bombeiros. Ali em frente, na Praça Gustavo Barroso, o Ato pela Vida proporcionou refeições, campeonato de futebol, serviços de saúde e orientações sobre legislação e direitos humanos. No evento em alusão ao Dia Nacional de Luta pela Vida e Dignidade da População de Rua, a Prefeitura conversou sobre o conjunto com 84 unidades habitacionais a ser entregue em julho de 2014.
O Movimento Nacional da População de Rua estima que 5 mil pessoas habitam nas ruas de Fortaleza. Conforme o levantamento, só no Centro, cerca de 3 mil pessoas vivem em logradouros e praças. Segundo o coordenador do movimento no Ceará, Marcelo Conde, há um cenário de abandono. “Não fossem as pastorais católicas e igrejas evangélicas, com distribuição de sopas e almoços, esta população morreria de fome”, afirma. “A população de rua não quer esmola e não quer ser tutelada eternamente. Precisa e deve ser reconhecida com cidadã”, afirma Fernanda Gonçalves, da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de Fortaleza.
Um novo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (CentroPop) deve ser inaugurado em um mês no Benfica. Cláudio Ricardo, titular da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento e Combate à Fome (Setra), prevê a ampliação dos serviços prestados pelo único equipamento já existente, no Centro. Lá, pessoas em situação de rua têm acesso à higiene pessoal, documentação e atendimento especializado.
Fonte: O Povo
Foto: Reprodução