Escolas do futuro

Comportamento|Crianças

O mundo mudou, as expectativas para os novos profissionais são outras e cada vez mais o mercado de trabalho pede por pessoas que consigam interligar um conteúdo com o outro. A maioria das escolas, no entanto, continuam com o mesmo sistema de ensino de décadas atrás. Felizmente, as escolas do futuro já estão começando a funcionar e a mostrar resultados positivos. Conheça algumas delas!

Minddrive, EUA – Comunitária, gratuita 

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Localizada no Kansas City, a escola serve como um reforço para os alunos que não vão bem no ensino regular. Tudo lá é um jogo, uma espécie de RPG onde os alunos simulam situações cotidianas e pensam em soluções para os problemas que surgem. “OS desafios que as nossas escolas enfrentam hoje são importantes demais para ficarmos isolados. Precisamos preparar os alunos para o mundo real”, conta David Shaffer, professor e chefe de projetos epistêmicos para uso na educação.

Escola Municipal Desembargador Amorim Lima, Brasil – Pública, gratuita

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A escola de São Paulo é a escola da coletividade. Todo mundo pode participar de tudo. Os pais organizam as festas, os alunos fazem os debates e a diretora é tutora. Os alunos estudam em grupos de diferentes faixas etárias, espalhadas por grandes salões, chegando a comportar 100 alunos. Os professores só fazem uso do quadro-negro nas aulas de inglês, português e matemática.

Nas outras matérias, é possível ver vários aglomerados de alunos nos salões com professores correndo para todos os lados para atender os chamados. Cada aluno recebe um caderno com os temas a serem estudados durante o ano. Eles escolhem por onde começar e por onde terminar. Os alunos são incentivados a serem independentes.

Vittra, Suécia – Pública, gratuita 

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O que se vê ao entrar em uma das unidades da escola são computadores por todos os lados. Ao se matricular, cada aluno recebe um notebook de última geração a partir dos seis anos. Os aparelhos são utilizados para as atividades da escola, como o projeto Future City. Cada aluno tem seu avatar e escolhe as características e habilidades que considera importante para si.

Os alunos criam a cidade, desenvolvem a infraestrutura, criam leis e participam de eleições. As atividades em grupo misturam alunos de diversas idades e nível de conhecimento. As crianças mais velhas ensinam as crianças mais jovens e podem usar qualquer tipo de material para ensina-las.

São Tomé de Negrelos (Escola da Ponte), Portugal – Pública 

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A escola não tem salas de aula, não tem divisão de conteúdo por disciplinas e não tem horário fixo para começar ou terminar uma atividade. Isso porque os criadores da escola acreditam que cada aluno é único e deve ter autonomia para aprender. Os professores apresentam aos alunos uma variedade de temas e eles escolhem qual o assunto que mais interessa para ser trabalhado em grupo ou sozinho.

Todos dividem o espaço da escola, trabalhando em mesas. Eles também podem escolher fazer as atividades ao ar livre. “Os alunos gerem, quase com total autonomia, os tempos e os espaços educativos. Escolhem o que querem estudar e com quem”, explica José Pacheco, fundador da escola. Ao final do dia, há uma assembleia geral em que os alunos explicam o que aprenderam para os colegas durante o dia. Os alunos também decidem quando vão fazer uma prova, que é individualizada de acordo com os conhecimentos que adquiriram.

Harvey Milk High School, EUA – Pública 

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A escola leva o nome do principal ativista americano da causa gay. É voltada prioritariamente para jovens homossexuais,mas suas diretrizes afirmam que “a escola é aberta para todos os alunos, independentemente de raça, gênero, orientação sexual”. Na prática, quase todos os alunos são gays ou lésbicas. A escola foi criada para que adolescentes homossexuais pudessem estudar sem ter uma ameaça de agressão física ou emocional, como geralmente sofrem nas escolas tradicionais.

A instituição foi alvo de criticas por ser abertamente voltada a um perfil específico de alunos e principalmente depois de ter se transformado em uma escola pública, recebendo recursos do governo. Mas pelos dados da escola, os resultados dos alunos são superiores a média de Nova Iorque, onde fica a escola.

Estudar já não é mais sentar na cadeira e absorver todos os conhecimentos do professor. É necessário uma interação maior com o mundo, com os colegas e principalmente oferecer aos alunos a capacidade de serem autônomos e de terem vontade de aprender.

 

Fotos: Reprodução 

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