O submundo dentro de nós aflora para um labirinto de espelhos onde pensamos que encontraremos a saída talvez já perdida por estarmos acostumados a não querer enxergar o que de fato somos. E na caminhada do dia a dia fica mais claro a escuridão e o medo diante do desejo de ser feliz. A sedução da mídia massificante atinge os valores e os amores debandamem bando, em carruagens turbinadas, em apelos da televisão. A delicada internet com suas janelas velozes de imediata solução jamais mostrará os efeitos colaterais, os verdadeiros pontos cardeais, a bússola do nosso coração.
O Oriente e o Ocidente não reconhecem suas parcelas de culpa na fábrica do terror quando exibem cabeças de xiitas-kamikasis que morrem e matam em nome da estúpida guerra santa e não percebem que alteraram as regras do xadrez jogo da vida, onde a jogada de qualquer um pode ser um xeque-mate para a humanidade.
Pecamos quando ignoramos os sinais que nos levam ao precipício, quando perdemos nossos filhos ao entregá-los na mão da tecnologia que por ser tão fria não consegue sozinha educá-los. Precisamos manter acesa a chama do amor que clama pelo seu lugar no mundo. Quem sabe a arte ainda possa amenizar a dor e indicar o caminho a seguir.