O governo dos Estados Unidos anunciou ontem (16), a aprovação da venda do primeiro medicamento que pode ajudar na prevenção do vírus da Aids. A venda do Truvada, fabricado pelo laboratório Gilead Sciences, foi divulgada pela Agência Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA). As autoridades alertam que o uso da pílula não substitui os já conhecidos e comprovados métodos de prevenção, muito menos o uso do preservativo.
Usado desde 2004, o Truvada faz parte de um coquetel disponibilizado no país para tratar os portadores do vírus HIV. Agora o FDA resolveu regular a venda do medicamento. O FDA alerta ainda sobre os riscos do uso indiscriminado. O remédio pode provocar vômitos, diarreia, náuseas e até enfraquecimentos dos ossos.
Dessa forma, o governo só aprovou a venda do Truvada para alguns grupos prioritários, como por exemplo, pessoas que não sejam portadoras do vírus, e que tenham um parceiro HIV positivo. Os estudos sobre o uso do medicamento mostram que para fazer o efeito esperado, é preciso ser rigoroso tanto com as doses como com os horários.
O FDA divulgou ainda dados de estudos que mostram que em homens homossexuais o medicamento pode reduzir o risco de infecção em até 42%. Já em casais heterossexuais, em que um dos parceiros seja portador do vírus, o risco é de 75%.
Em novembro de 2011, um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para a Aids (Unaids) apontou que até o final de 2010 34 milhões de pessoas no mundo conviviam com o vírus HIV, que pode causar a Aids. Foram ainda 2,7 milhões de novas infecções pelo HIV e 1,8 milhão de óbitos por conta de complicações ligadas à Aids. O Brasil tem 608.230 casos registrados de aids desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2011.
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