Igualdade de gênero e direitos sexuais e reprodutivos estão entre os temas
O Seminário População e Desenvolvimento na Agenda do Cairo: Balanço e Desafios, realizado hoje (21), foi organizado pela Comissão Nacional de População e Desenvolvimento, com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (Unfpa). Objetivo é subsidiar as posições que o país defenderá na Conferência Internacional Cairo + 20, em setembro.
Igualdade de gênero, direitos sexuais e reprodutivos e a relação entre população e desenvolvimento estão entre os temas que começaram a ser discutidos hoje. Os participantes fazem um balanço sobre o cumprimento, no Brasil, dos objetivos estabelecidos em 1994 pelo Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, promovido no Cairo (Egito) em 1994.
De acordo com o representante do Unfpa no Brasil, Harold Robinson, o seminário tem como objetivo aprimorar o conjunto de políticas públicas e programas que fazem parte da implementação do plano de ação de Cairo, discutindo os avanços desde 1994 e as áreas que precisam ser melhoradas. “O Brasil tem sido central para a discussão sobre população e desenvolvimento por meio de políticas públicas que reduzem as desigualdades”, disse.
Já o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Neri, lembrou que o Brasil estabeleceu uma posição latino-americana quando participou da Conferência Regional sobre População e Desenvolvimento da América Latina, em Montevidéu, ano passado. “Esse seminário vai tirar a posição brasileira. O país vai levar a questão dos direitos sociais, das mulheres, dos afrodescendentes, dos direitos reprodutivos e sexuais. É importante olhar a população como protagonista do seu desenvolvimento”, ressaltou.
Para Luiza Bairros, ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, é muito importante a inserção da população negra nas políticas afirmativas para o desenvolvimento do país. “No Brasil, temos uma maioria de população negra e devemos levantar questões de que medidas temos que tomar para que essa população se inclua no processo de desenvolvimento como um ativo, como um recurso importante, e não como um problema”, afirmou.
Eleonora Menicucci, ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, destacou, ainda, que avançar na implementação dos direitos é preciso. “Não existe desenvolvimento sustentável sem a inclusão das mulheres, dos afrodescendentes, dos idosos, das crianças, da população LGBT [lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros]”.
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