A partir de hoje (08/09), com abertura as 19:30, o Museu de Arte Contemporânea – MAC – recebe exposição da artista Letícia Parente, trazendo obras que permitem uma releitura do cotidiano no que seria um verdadeiro laboratório de experimentos para a arte brasileira.
A professora e química baiana foi uma das precursoras da vídeoarte no Brasil. Gravura, fotografia, audiovisual e arte cinética foram as formas encontradas e utilizadas por Letícia para reproduzir o dia a dia e provocar o público, em uma coletânea multifacetada onde o conteúdo e o experimentalismo predominam sob a forma.
Nos trabalhos da artista, que insere elementos banais em sua produção, transformando-os numa arte carregada de novos conceitos e questionamentos sobre a cultura, a política e a sociedade brasileira, pode-se notar bastante influência do movimento Dadaísta.
Os objetos usados para a construção de seus projetos são comuns, como cabide, tábua de passar, linha e agulha, alfinete, caderno de vacinação, tubo de ensaio, carimbo e o mais marcante e inquietante, o próprio corpo.
A casa, enquanto ambiente onde se executam as mais elementares tarefas, e o corpo, que acaba por transformá-la em sujeito e obra da criação, são ambos alvos recorrentes de exploração e pesquisa na obra de Letícia. Com curadoria de Katia Maciel e André Parente, filho de Letícia, o acervo conta com fotos e vídeos que marcaram a carreira da artista e transformaram-na num ícone da videoarte, como a filmagem Marca Registrada (1975), em que Letícia borda as palavras “Made in Brazil” nas plantas dos pés.
Serviço:
Exposição Letícia Parente,
Museu de Arte Contemporânea – MAC.
Abertura 08 de setembro, às 19h30.
Visitas: Terça a quinta, das 9h às 19h, e de sexta a domingo (e feriados), das 14h às 21h.
Acesso livre.