A população de todo o Brasil vem atravessando um momento bastante nefasto. Como se não bastasse a crise política e financeira que assola o País, o problema de saúde pública piorou consideravelmente com as epidemias de dengue, chikungunya e zika – esta, como todos sabem, capaz de causar a microcefalia em fetos.
Para acompanhar todas as políticas de combate ao mosquito transmissor dessas doenças realizadas pelo estado do Ceará, assim como apontar sugestões para que o enfrentamento ao problema seja mais efetivo, em março deste ano, a Assembleia Legislativa instalou a Frente Parlamentar de Combate ao Aedes aegypti.
Dando continuidade as ações de combate ao vetor, na última sexta-feira (17), a Frente Parlamentar discutiu ações e propostas de soluções para erradicação do mosquito no Estado e definiu para a última semana de agosto a realização da Expozika.
A reunião foi presidida pelo deputado Carlos Matos (PSDB), que também encaminhou a criação de uma brigada estratégica de combate ao Aedes aegypti envolvendo a AL, o Estado e a sociedade, como salientou a necessidade de ações para promover o envolvimento das universidades, das instituições de pesquisa e dos setores produtivos e também a elaboração de um livro de boas experiências, com os casos de sucesso dos municípios de Pedra Branca, Cedro e Jaguaribe.
De acordo com o parlamentar, as ações de combate à dengue, chikungunya e zika são baseadas em quatros eixos: mobilização da população, comunicação, revisão das políticas públicas e ações estruturantes – que incluem esgotamento sanitário e política de resíduos sólidos.
Conforme o coordenador do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à dengue, chikungunya e zika, Moacir Tavares, as soluções são bastante complexas, uma vez que a proliferação do mosquito vem junto com o processo de urbanização.
Para o supervisor técnico do Programa de Controle da Dengue, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza, Carlos Alberto Barbosa, os focos de Aedes aegypti se concentram nos imóveis, com a responsabilidade grande da população, sendo mais difícil uma ação direta da Prefeitura e dos cerca de 1.500 agentes de endemias do município.
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