Famosos apoiam o “Homens libertem-se!”

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Sempre disseram que homens não choram. Não podem ser sensíveis. Não podem sentir medo. Têm que ser ricos e poderosos. Têm que ser homens. Pensando em todos esses clichês, nasceu um manifesto nos Estados Unidos chamado Men Get Free, ou em Português, Homens libertem-se!. A ideia é defender os próprios homens do machismo exagerado da sociedade.

Não, calma, não é uma campanha para que homens virem mulherzinha ou coisa do tipo, nada disso. Não é algo para criar ainda mais preconceito e nem em defesa dos gays. É apenas uma campanha que busca conscientizar os homens que eles podem ter pontos fracos e nem por isso, perder sua masculinidade.

Eles morrem mais, são obrigados a ir a guerras, sofrem mais com a violência, cometem mais suicídios e trabalham mais (as vezes, né?). E isso é considerado por muitos machistas, ter poder. E é essa a imagem que a campanha pretende mudar.

Vários famosos já aderiram ao manifesto, entre eles o músico Paulinho Moska, os cartunistas Laerte e Miguel Paiva, os atores Lucio Mauro Filho, Marcos Breda, Larissa Bracher, Flávia Monteiro, Igor Rickli e sua esposa, a gravidíssima Aline Wirley, entre outros. No site Manifesto é possível encontrar mais informações.

Confira abaixo os tópicos do manifesto:

MANIFESTO HOMENS LIBERTEM-SE

– Quero o fim da obrigatoriedade ao Serviço Militar.
– Posso broxar. O tamanho do meu pau também não importa.
– Posso falir. Quero ser amado por quem eu sou e não pelo que eu tenho.
– Posso ser frágil, sentir medo, pedir socorro, chorar e gritar quando a situação for difícil.
– Posso me cuidar, fazer o que eu quiser com a minha aparência e minha postura, cuidar da minha saúde, do meu bem estar e fazer exame de próstata.
– Posso ser sensível e expressar minha sensibilidade como quiser.
– Posso ser cabeleireiro, decorador, artista, ator, bailarino; posso me maravilhar diante da beleza de uma flor ou do voo dos pássaros.
– Posso recusar me embebedar e me drogar.
– Posso recusar brigar, ser violento, fazer parte de gangues ou de qualquer grupo segregador.
– Posso não gostar de futebol ou de qualquer outro esporte.
– Posso manifestar carinho e dizer que amo meu amigo. Quero viver em uma sociedade em que homens se amem sem que isso seja um tabu.
– Posso ser levado a sério sem ter que usar uma gravata; posso usar saia se eu me sentir mais confortável.
– Posso trocar fraldas, dar a mamadeira e ficar em casa cuidando das crianças.
– Posso deixar meu filho se vestir e se expressar ludicamente como quiser e farei tudo para incentivá-lo a demonstrar seus sentimentos, permitindo que ele chore quando sentir vontade.
– Posso tratar minha filha com o mesmo grau de respeito, liberdade e incentivo com que apoio meu filho.
– Posso admirar uma mulher que eu ache bela com respeito, sem gritaria na rua e me aproximar dela com gentileza, sem forçá-la a nada.
– Eu sei que uma mulher está de saia – ou qualquer outra roupa – porque ela quer e não porque está me convidando para nada.
– Eu sei que uma mulher que transa com quem quiser ou transa no primeiro encontro não é uma vadia, bem como o homem que o faz não é um garanhão; são só pessoas que sentiram desejo.
– Eu nunca comi uma mulher; todas as vezes nós nos comemos.
– Eu não tenho medo de que tanto homens como mulheres tenham poder e ajo de modo que nenhum poder anule o outro.
– Eu sei que o feminismo é uma luta pela igualdade entre todos os indivíduos.
– Eu nunca vou bater numa mulher, não aceito que nenhuma mulher me bata e me posiciono para que nenhum homem ou mulher ache que tem o direito de fazer isso.
– Eu vou me libertar, não para oprimir mais as mulheres, mas para que todos possamos ser livres juntos.
– Eu fui ensinado pela sociedade a ser machista e preciso de ajuda para enxergar caso eu esteja oprimindo alguém com as minhas atitudes.
– Eu não quero mais ouvir a frase “seja homem!”, como se houvesse um modelo fechado de homem a ser seguido. Não sou um rótulo qualquer.
– Quero poder ser eu mesmo, masculino, feminino, louco, são, frágil, forte, tudo e nada disso. E me amarem e aceitarem, não por quem acham que eu deva ser, mas por quem eu sou. E por tudo isso, não sou mais ou menos homem.
– Quero ser mais que um homem, quero ser humano!
– O machismo também me oprime e quero ser um homem livre!

E você? O que acha da campanha?

Fotos: Reprodução

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