Fato x Filme: a história real de Na Natureza Selvagem

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Você também tem a impressão de que com a popularização das redes sociais, mais gente resolveu “largar tudo e ir viajar”, principalmente no período pré-pandemia? Pois bem, muito antes disso virar “moda” e sonho de muita gente, um rapaz marcou muita gente com sua história de aventura e desapego pelos Estados Unidos. Tanto que anos depois, sua vida virou o filme Na Natureza Selvagem, tema do nosso Fato x Filme dessa semana.

O longa é o queridinho entre aqueles que amam se aventurar sem rumo ou que afirmam sonhar com uma vida simples, porém repleta de significado. Lançado em 2008, Na Natureza Selvagem é inspirado em um livro de mesmo nome, escrito por Jon Krakauer protagonizado por Emile Hirsch e conta com participações especiais de nomes como Kristen Stewart e Vince Vaughn. A direção é de Sean Penn.

Qual a história real de Na Natureza Selvagem?

A produção de 2008 apresenta a história de Christopher McCandless, ou melhor, Alexander Supertramp. Isso porque esse foi o nome que Christopher escolheu para se apresentar às pessoas que encontrou em seu caminho através dos Estados Unidos. Filho de um ex-funcionário da NASA, ele vinha de uma família financeiramente bem-sucedida e estudou em uma ótima universidade. No entanto em 1990, logo após se formar em Antropologia e História, ele resolveu que queria seguir uma vida bem diferente da que seus pais haviam imaginado para ele.

Alexander sacou todo o dinheiro que tinha em sua conta bancária e doou para instituições de caridade. Em seguida, pegou seu carro e saiu para não mais voltar. Sua ideia era se afastar do mundo materialista e encontrar uma existência com mais significado. Pouco depois, deixou para trás também o veículo e continuou sua aventura apenas com o que tinha na mochila e cercado pela natureza.

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Christopher McCandless

A pé ou de carona, ele rodou por diversas cidades do interior dos Estados Unidos. As histórias de quem cruzou o caminho do jovem sempre eram de que ele era tranquilo, simpático e receptivo, o que fez com que ele deixasse sempre boas impressões por onde passava. A única coisa que ele tinha em mente era o desejo de chegar até o Alasca. Chegando lá, sua personalidade fez com que conquistasse grandes amigos na região. Passou cerca de dois anos em uma cidade chamada Fairbanks, onde ouviu histórias sobre o Monte McKinley, o mais alto dos Estados Unidos.

Fascinado com o que ouviu, tomou a decisão de se aventurar sozinho ao local. Lá, encontrou um ônibus abandonado, onde fez seu abrigo em meio a natureza. Todas as suas aventuras eram registradas em um diário. Por 113 dias, Alexander ficou naquele ônibus, se alimentando do que caçava e colhia. Em 1992, um grupo de trilheiros encontrou o ônibus com um pedido de socorre escrito no vidro. Ao entrarem no local, encontraram o corpo de Alexander em decomposição e parcialmente congelado. A necrópsia revelou que ele havia falecido de inanição, ou seja, pela falta de nutrientes e energia provenientes da alimentação.

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Émile HErsch (à esq.) e Christopher McCandless (à dir.)

Por anos, o ônibus em que ele viveu continuou no mesmo local, como símbolo de uma vida livre e sem apegos materiais. No entanto, vários turistas se feriram – e mesmo morreram – na tentativa de seguir os passos de Alexander e chegar até o veículo, que foi removido do local com a ajuda de um helicóptero. No entanto, a memória do rapaz e sua história foi eternizada no livro e no filme.

Fotos e vídeo: reprodução

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