Fato x Filme: a história real de O Exorcismo de Emily Rose

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Emily Rose

Segundou mais uma vez com a nossa coluna Fato x Filme que conta as mais intrigantes histórias reais que inspiraram filmes famosos. E como estamos em pleno mês do Terror, vamos manter o clima do especial #30DiasdeHalloween contando as histórias reais por trás dos mais assustadores filmes de terror. E essa semana é a vez de O Exorcismo de Emily Rose.

Não é lá muita novidade o fato de que O Exorcismo de Emily Rose é inspirado em um caso real de possessão e exorcismo. No entanto, nem todo mundo realmente como foi a história da jovem Anneliese Michel, que inspirou o filme. Com 16 anos, Anneliese era uma adolescente alemã católica que após uma série de problemas físicos e pisicológicos, foi dada como possuída.

A história de Emily Rose, ou melhor, Anneliese Michel

No final dos anos 1960, a jovem sofreu diversas crises convulsivas até que, em 1968, foi diagnosticada com epilepsia. Em seguida, ela passou a encarar uma depressão severa, tentando algumas vezes tirar a própria vida. Segundo registros, ela afirmava que tinha constantes alucinações com vozes dizendo que ela “apodreceria no inferno”. Com uma dissociação cada vez maior da realidade, a jovem passou a vagar nua pela casa, fazer as necessidades por todos os lugares e comer insetos. Foi então que sua família resolveu interná-la em uma clínica psiquiátrica.

Oriunda de uma região extremamente católica da Alemanha, não demorou para que seu comportamento errático fosse considerado como possessão demoníaca. A própria Anneliese afirmava estar possuída, passando a não tolerar quaisquer símbolos religiosos ou objetos considerados sagrados. Mesmo sob efeito de fortes medicamentos psicotrópicos, ela ainda firmava que a “face do demônio” a atormentava.

Cada vez mais fraca, foi durante uma peregrinação que a situação se agravou. Certa de que a medicina não a ajudaria, Anneliese e sua família embarcaram em uma viagem que passaria por locais sagrados. No entanto, o pároco que acompanhou o grupo percebeu que, de fato, a jovem não conseguia sequer beber a água de um local sagrado. A família da adolescente tentava encontrar algum padre disposto a fazer o exorcismo, contudo, era preciso uma autorização da Igreja.

Emily Rose

O exorcismo de Anneliese

Em 1973, a jovem estava em um péssimo estado físico, não comia e era muito agressiva. Após um padre chamado Ernst Alt vê-la, enfim o processo para autorização do exorcismo começou a correr. Em 1975, Josef Stangl, um bispo, concedeu ao padre Arnold Renz o direito ao exorcismo mas este teria que ser feito no mais absoluto sigilo.

A família abandonou o tratamento médico, colocando todas as suas esperanças nos exorcismos. Entre 1975 e 1976, foram realizadas 67 sessões de exorcismo, algumas com duração de até quatro horas. Anneliese não alcançou nenhuma melhora. Em 1 de julho de 1976, ela faleceu em casa, enquanto dormia. Segundo a autópsia, a causa de sua morte foi uma desnutrição profunda visto que ela não comia há meses.

Seus pais e os sacerdotes envolvidos no processo de exorcismo foram indiciados por assassinato pelo Estado. Vídeos e áudios gravados durante o exorcismo e imagens do estado da garota foram exibidos no tribunal. A Igreja foi condenada a pagar uma multa então os pais de Anneliese foram absolvidos. Ainda hoje, esses vídeos estão disponíveis no Youtube e são considerados extremamente assustadores:

Se depois dessa história você ainda quiser ver a história de Emily Rose, o filme O Exorcismo de Emily Rose está disponível na Netflix.

Fotos e vídeos: Reprodução

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