O Ceará vive o desafio da falta de água e o colapso iminente de seu sistema de captação, tratamento e distribuição do recurso. A seca no estado, considerada a mais intensa desde 1951, chama atenção para a urgência de planejamento estratégico e investimentos no setor hídrico. A crise é alarmante e já pode-se ver consequências diretas na economia do estado e na vida da população.
Especialistas são unanimes em afirmar que o aceleramento do processo de perfuração, instalação e energização de poços no Ceará tem caráter emergencial. Mas por que isso não vem se concretizando, quais são os reais fatores que impedem? É isso que a Comissão Especial para Acompanhar e Monitorar o Andamento das Obras de Transposição do Rio São Francisco quer descobrir.
A Comissão voltou a se reunir na tarde da terça-feira (06), na Assembleia Legislativa do Ceará e, na ocasião, o presidente da Comissão Especial, deputado Carlos Matos (PSDB), informou que, conforme dados apresentados pelo governador Camilo Santana, na última sexta-feira (02), durante evento para a apresentação de ações de segurança hídrica, ao longo de 2015 e 2016, foram perfurados mais de 2,8 mil poços. Entretanto, para o parlamentar, as ações que estão sendo executadas pelo Governo para garantir o abastecimento hídrico são “insuficientes”. “Não podemos nos acomodar. O momento é de pressão social”, enfatizou o parlamntar.
O debate sobre tarifa e bônus pelo uso eficiente da água também entrou na pauta da reunião. Mas, o que sabe-se, de fato, é que são necessárias medidas estruturantes, obras de infraestrutura e mais cuidado e conservação com os mananciais para que a situação da água seja aprimorada, não só no Ceará como em todo o País.
Foram convidados para o debate o presidente da Cagece, Neurisangelo Freitas; o diretor geral do Dnocs, Ângelo José de Negreiros Guerra, além de representantes do Poder Público, de entidades e de setores afins.
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