Criativo, multi-instrumentista, artista de várias artes, referência no assunto e autêntico. Mário Lúcio tem muito em comum com a proposta da Feira da Música e é justamente isso que o público cearense poderá conferir, na noite de sábado (04), no Cineteatro São Luiz. Acompanhando Mário Lúcio, ainda estarão no show Jorge Pimpa (bateria), Adão Brito (baixo) e Totinho (saxofone e percussão).
Como músico, Mário Lúcio é uma referência em Cabo Verde e ao redor, devido à sua alta qualidade das composições, arranjos e filosofia de seus álbuns. Está em pesquisa permanente sobre a música tradicional de Cabo Verde, o que lhe garante um ar fresco da modernidade, poesia e originalidade. É um dos maiores compositores do seu país e fundador e líder do antigo grupo musical Simentera, um ex-libris da música de Cabo Verde. Dos artistas que já gravaram com Mário Lúcio, figuram na lista os brasileiros Paulinho da Viola, Gilberto Gil e Milton Nascimento.
Em seu trabalho intitulado “Funanight”, Mário Lúcio experimentou a mistura de músicos da África do Sul, de Cabo Verde, arranjos de sopros de Cuba, músicos do Brasil, a voz de Wanda Baloyi, uma inesperada versão de “Who the Cap Fit”, de Bob Marley, ‘riffs’ de guitarra, distorção e wuahwuah de Sori Araújo em uma versão ‘rock’ de ‘Nandinha’ onde também convidou Zeca di Nha Reinalda. O artista também exercita o Batuku e a Tabanka, além de abordar temas de intervenção humanista. O disco é baseado no gênero musical “funaná”, tocado com gaita (acordeon diatônico) e ferrinho (uma barra de ferro, em forma de cantoneira, tocada com uma faca – percussão). Nasceu na Ilha de Santiago, Cabo Verde, por volta do séc. XIX. Foi o primeiro gênero a ser dançado em par. É uma música de libido libertina, de vocação libertária e de energia libertadora. É sinônimo de baile, mas também é poesia.
Serviço:
16ª Feira da Música
Data do evento: 01 e 04 de novembro
Contato: 85 3262.5011
Fotos: Reprodução