Fortaleza é a 13ª mais cara para viagens de lazer

Acontece

fortaleza

O turista que vem a fortaleza vai encontrar a 13ª hospedagem mais cara para viagens de lazer entre os principais destinos turísticos do mundo, segundo a Pesquisa Internacional de Preços da Hotelaria (PPH), realizada pelo Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur). A tarifa média praticada na Capital cearense (US$ 126,81) supera inclusive cidades com forte apelo ao viajante brasileiro, como Buenos Aires (US$ 115,77) e Santiago (US$ 100,49), capitais, respectivamente, da Argentina e do Chile.

Já entre os mais importantes destinos nacionais, Fortaleza aparece na quinta colocação, atrás do Rio de Janeiro (US$ 246,71), Florianópolis (US$ 155,55), Recife (US$ 143,45) e São Paulo (US$ 140,39).

A pesquisa levou em conta estadias de dois adultos por sete dias, marcadas com 60 dias de antecedência. Foi considerado o preço mais baixo em cada um dos 128 hotéis consultados em cada cidade (de uma a cinco estrelas)- excluídos motéis e albergues. A coleta dos preços ocorreu entre dezembro de 2012 e o mês de março deste ano.

Discrepância
Na avaliação do secretário de Turismo do Estado do Ceará, Bismarck Maia, a tarifa média encontrada por meio da pesquisa da Embratur “reflete a discrepância que se observou nos valores cobrados na Capital cearense durante a última alta estação, período em que foi realizado o estudo”. “Fortaleza estava tão demandada no período em que foi realizada a pesquisa, que tivemos notícias de alguns exageros praticados pela rede hoteleira na Capital do Ceará. E não foi só em hotéis, por meio de companhias aéreas também”, afirma. Conforme disse, os números, entretanto, servem de alerta. “Não dá para se conviver com valores tão altos. Mas, no geral, posso afirmar que as tarifas estão mais equilibradas agora e que não há motivos para elevações, pois nossa cidade, hoje, vive alta estação o ano inteiro”, observou Maia.

Ainda de acordo com ele, o fato de o valor médio aqui encontrado ser superior ao de Buenos Aires e Santiago, merece algumas ressalvas. “No caso de Buenos Aires pode até fazer algum sentido, pois há desvalorização cambial em relação a outras moedas e eles estão sofrendo mais com a crise. Então, pode ser que as tarifas nos hotéis, para atrair turistas, tenham baixado. Porém, na comparação com Santiago não vejo sentido. Aquela é uma cidade bem mais cara”, argumenta.

Metodologia é criticada
Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), Darlan Teixeira Leite, critica a metodologia adotada na pesquisa que resultou na posição de Fortaleza entre as tarifas de viagem de lazer mais caras. “A média aqui encontrada não expressa a realidade. Considerar ao mesmo tempo hotéis de diferentes padrões e categorias para efeito de comparação não reflete a média dos preços na Capital”, discorda.

Ainda de acordo com ele, “se o consumidor for cotar com as operadoras vai ver que essa média não é verdadeira. Além do que nossa cidade tem equipamentos hoteleiros superiores a o de outras capitais brasileiras pesquisadas e que aparecem com uma tarifa média mais em conta”, emenda.

Competitividade
O preço alto da hotelaria é apontado pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, como o principal entrave para o aumento da entrada de turistas estrangeiros no País. “A agenda central do turismo brasileiro é a competitividade. A hotelaria brasileira foi bastante internacionalizada nos últimos anos e esse movimento aumentou os preços artificialmente. Não há justificativas para estes valores. O pior que pode acontecer é o Brasil consolidar essa fama de país caro”, disse.

3ª em negócios
Por outro lado, a pesquisa coloca Fortaleza em melhor posição no ranking de tarifas de hospedagem a negócios. A Capital aparece como a terceira mais barata entre os principais destinos com este perfil. Com valor médio de US$ 83,40, fica atrás apenas de Salvador (US$83,17) e de Belém (US$ 76,39).

 

Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Reprodução

Inscreva-se na nossa newsletter