Hoje compartilhamos boas novas na área da cultura cearense. Isto porque o governador do Ceará, Camilo Santana, assinará a ordem de serviço para início da obra de construção do Edifício Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS-CE), nesta quarta-feira (06). A assinatura acontece às 16h, na sede provisória do MIS (Rua Silva Paulett, 324). Com a obra de restauro, reforma e ampliação do espaço do MIS, o Ceará ganhará um novo equipamento cultural, capaz de receber exposições e armazenar mais de 160 mil itens do acervo formado por discos, fotos, filmes, VHS, DVDs, contemplando a cultura popular, o teatro, o artesanato, o cinema e a música.
O Novo MIS abrigará também uma biblioteca, sala de pesquisa, auditório, salas multiuso, salas de pesquisa e um café. O total de investimento da obra do Novo MIS, e de reparo e manutenção da casa onde funciona o equipamento é de mais de R$15 milhões.
Próximo a completar 40 anos de história, o MIS é um espaço de afeto e memória, que reside na casa projetada pelo arquiteto José Barros Maia (Mainha) para ser residência do Senador Fausto Augusto Borges Cabral. “Estamos tendo possibilidade de ter um novo equipamento, com nova estrutura, e voltado pra recuperação do acervo e da infraestrutura”, comemora o diretor do MIS, Xico Aragão.
Com as obras do Novo MIS, a casa-museu continua ativa, servindo como espaço para atividades da programação. A casa contará com uma sala de capacitação, multiuso, onde servirá de auditório e sala de aula. Haverá também um local para exposição de longa duração e local para exposição de curta duração, além de abrigar uma ilha digital. Toda a casa vai ser toda reformada, com novas instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias. Toda a coberta será trocada, o MIS ganhará uma nova iluminação na fachada e internamente. Entre as novidades estão um novo Café, que funcionará no jardim, na localidade próxima à Rua Dep. Moreira da Rocha com Av. Barão de Studart. “Teremos ambientes novos e um anexo que dialoga arquitetonicamente com a casa tombada”, explica o diretor do MIS.
Ações educativas e atratividade turística
Com o novo espaço, já estão sendo pensadas ações de formação artística. Entre as propostas estão uma exposição do fotógrafo Sebastião Salgado, outra abrigando o acervo histórico de Humberto Teixeira, recentemente adquirida pelo Governo do Estado, e uma exposição que trata da memória do equipamento. “Vamos fazer essa exposição sobre a própria casa que abriga o MIS levando em conta o caráter educativo das exposições, para que as pessoas entendam o processo de tombamento de um prédio histórico, um patrimônio cultural do Ceará”, explica Xico Aragão.
O diretor do MIS também vê o equipamento cultural como oportunidade de estratégica de atrair turistas para o Estado. “Estamos numa área privilegiada para o turismo, que compreende um polo cultural no Meireles, com o Mausoléu, que pretendemos fazer uma ressignificação do espaço, além de termos a capela do Palácio da Abolição, que também deve ser pensada como equipamento, assim como a galeria que existe no espaço. Assim, podemos pensar no Circuito Abolição da cultura e arte cearense”, destaca.
Mais sobre o MIS
O Museu da Imagem e do Som do Ceará, vinculado à Secretaria da Cultura, é responsável, desde sua fundação, pela preservação, difusão e pesquisa da memória audiovisual do Estado. Inaugurado em 1980 e instalado no subsolo do prédio da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel. Após alguns anos, deixa o antigo Departamento de Patrimônio de Bibliografia, passando a pertencer ao Departamento de Audiovisual. Neste processo, teve seu acervo ampliado ao receber equipamentos e documentos do Centro de Referência Cultural (CERES), além de uma coleção de filmes da TV Educativa.
Atualmente o acervo do MIS-CE é estimado em 160 mil peças entre discos de música brasileira e internacional (de 78, 45 e 33 e ½ rotações), CDs, fitas de áudio, de rolo, cassete e micro-cassete, um acervo de imagem (fotografias cópia papel e digital) com imagens de Fortaleza Antiga, de outros municípios cearenses, de personalidades, festas e folguedos populares, artistas populares (cordelistas, artesãos, escultores, etc) cromos e negativos, filmes de diretores cearenses e registros de danças e festas da cultura popular tradicional (em diversos formatos como vídeos betacam, betamax,VHS e super VHS, DVD, H-8, películas de 16mm e 35mm, etc.), depoimentos de personalidades da história do Ceará, cordéis, partituras e muitos outros objetos que contam a história registrados em suportes audiovisuais.
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