Foi divulgado ontem (21) um reajuste de 14,26% no valor do salário mínimo. O valor atual é de R$ 545 e passará para R$ 622,73, a partir de 1º de janeiro de 2012. A revisão do salário foi envida pelo Ministério do Planejamento à Comissão Mista de Orçamento e o novo salário mínimo é calculado com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 2011 e no PIB (Produto Interno Bruto) de 2010. A proposta enviada em agosto era de R$ 619,21 e teve esse aumento de R$ 3,52 devido à revisão do INPC.
Os benefícios que estão acima do salário mínimo também sofrerão reajuste de 6,3% e as aposentadorias maiores que o valor do salário mínimo serão reajustadas com base apenas no INPC, desconsiderando as variações do PIB. O governo prevê um aumento nos gastos do INSS de R$ 7 bilhões, ou seja, aumentará de R$ 313,9 bilhões para R$ 320,4 bilhões. Em relação à diferença nos gastos em benefícios previdenciários e assistenciais, esta terá de ser coberta pelo relator geral do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que dispõe de uma verba de R$ 12 bilhões para “tapar buracos” no Orçamento do ano que vem.
De acordo com informações do Governo Federal, contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o aumento de 1 real no salário mínimo equivale a um aumento de gastos de R$ 300 milhões. Sendo assim, com o aumento de R$ 77,73 no salário mínimo, haverá uma elevação de R$ 23 bilhões nas despesas do governo.
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