O preço dos combustíveis não deve subir. Foi o que afirmou ontem (28), o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Depois de ter participado das comemoração de aniversário de 55 anos de Furnas, no Rio, o ministro foi questionado por vários jornalistas sobre as declarações recentes da nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, que alertou para a escalada no preço do petróleo e seu possível impacto nos preços dos combustíveis no mercado doméstico.
“Esta é uma questão que vem sendo examinada há muito tempo. Mas o Governo tem um cuidado especial com a inflação e, neste momento, não há nenhuma decisão do Governo no sentido de aumentar o preço dos combustíveis”, frisou Lobão.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na semana terminada em 25 de fevereiro de 2011, os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros recuaram em 13 Estados e subiram em outros 13 Estados e no Distrito Federal. O Ceará foi um dos estados em que o combustível teve alta, em Fortaleza, por exemplo, a variação foi de R$ 2,071 para R$ 2,092 o litro. Em relação à média do preço da gasolina no País, que foi de R$ 2,735 por litro, o preço do etanol é competitivo até R$ 1,9145 por litro. Como o preço médio do etanol no Brasil está em R$ 1,976, os preços da gasolina estão 3,11% abaixo do ponto de equilíbrio, diz a ANP.
Com esses preços, abastecer com gasolina continua sendo economicamente mais viável em boa parte dos postos do país. Se os preços vão subir não se sabe. Mas o que se nota, é um desencontro entre as falas da Petrobras (Graça Foster) e do Ministério de Minas e Energia (Edison Lobão). Os brasileiros de certo, ficam com a fala do ministro, por saberem que atrelado ao aumento dos combustíveis está uma série de outras medidas que mechem com o bolso do consumidor.
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