Para quem está tentando garantir uma vaga no serviço público à notícia não é das melhores. Intencionando atingir a economia prometida para o Orçamento de 2016, o governo federal pretende suspender a realização de concursos públicos para cargos federais no próximo ano. A suspensão abrange concursos no Executivo, Legislativo e Judiciário.
A medida faz parte de um pacote do governo federal para reduzir e aumentar a receita, gerando redução de R$ 7 bilhões nos gastos do Orçamento de 2016. Nove medidas foram anunciadas pelos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy. Outras propostas ainda serão apresentadas por Levy, a fim de aumentar as receitas da União. No total, estão previstos cortes de R$ 26 bilhões no Orçamento do próximo ano.
Em relação à suspensão dos concursos públicos, o objetivo é economizar cerca de R$ 1,5 bilhão. Nelson Barbosa informou que a medida será implementada por meio de uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias, em discussão no Congresso Nacional.
Outra medida anunciada pelo governo prevê que o abono de permanência dos servidores seja eliminado, poupando R$ 1,2 bilhão dos cofres públicos e atingindo 101 servidores do Executivo, que devem deixar seus postos de trabalho, amentando ainda mais a carência de concursados.
A suspensão, no entanto, não significa um cancelamento e sim um adiamento, sendo importante ressaltar que as medidas são para 2016, portanto, quem está se preparando para concursos a longo prazo deve continuar focando nos estudos.
Veja o impacto de cada medida no corte de gastos do governo em 2016:
- Adiamento do reajuste dos servidores: R$ 7 bilhões
- Suspensão dos concursos públicos: R$ 1,5 bilhão
- Eliminação do abono de permanência: R$ 1,2 bilhão
- Projeto sobre o teto de remuneração dos servidores: R$ 800 milhões
- Redução nos gastos administrativos e com cargos: R$ 2 bilhões
- Corte no Minha Casa, Minha Vida: R$ 4,8 bilhões
- Corte no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) via emendas parlamentares: R$ 3,8 bilhões
- Corte na Saúde, via emendas: R$ 3,8 bilhões
- Corte no programa de subvenção de preços agrícolas: R$ 1,1 bilhão
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