O governo uruguaio anunciou que pretende vender maconha da melhor qualidade, caso a lei que regulamenta o mercado da droga seja aprovada pelo Parlamento do país. Eles anunciaram ainda que a droga vendida legalmente terá o mesmo preço que a vendida de forma ilegal.
“Hoje, a maconha é consumida no mercado negro (…) chega misturada com substâncias que não são necessariamente maconha” ou contém “as partes da planta que não são destinadas ao consumo humano, tais como folhas, caules e outros. A que o Estado vai fornecer é uma substância de qualidade superior a essa”, disse o diretor do Conselho Nacional das Drogas, Julio Calzada.
A lei que pretende regulamentar a venda e consumo da maconha foi apresentada em agosto, no Parlamento do Uruguai. “No mercado negro, hoje, 25 gramas de maconha custam 500 pesos (25 dólares)”, acrescentou o diretor. Calzada disse a imprensa local, que cada consumidor teria um cartão pessoal e anônimo com código de barras que daria ao portador o direito a 40 gramas de maconha por mês.
“Seria um documento anônimo, sem foto, sem o nome do titular, que seria usado para controlar o consumo”, disse Calzada ao jornal La Republica. Estima-se que o Uruguai tenha uma população de 20 mil consumidores regulares de maconha. O consumo e a posse para uso pessoal de maconha não são punidos no Uruguai, mas a comercialização e o cultivo sim.
Com a medida, o governo pretender combater a violência gerada pelo consumo e tráfico da droga, no país de 3,2 milhões de habitantes.
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