O salário mínimo no País aumentou este ano pouco mais de 11,5%, passando a R$880,00. No entanto, nem tudo é melhoria para os brasileiros com esse aumento, já que juntamente com o salário, tudo mais sobe. Até mesmo a prestação mensal do financiamento para a faixa de renda mais baixa do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Pressionado pelas contas públicas, o governo afirma que não vê outro jeito e vai ter de aumentar as prestações do Programa do Governo Federal. Quem confirmou o aumento na última quarta-feira (13) foi a presidente da Caixa Econômica, Míriam Belchior.
A previsão do Ministério das Cidades é que a prestação da faixa das famílias de menor renda (até R$ 800) passe de R$25 para R$80. Míriam justificou que essa faixa não tem reajuste desde o lançamento do programa, em 2009, enquanto a renda dos beneficiários e o valor dos imóveis subiram no período. Mas o aumento só vai passar a valer para os novos contratos do programa habitacional da terceira fase do programa, que começarão a ser assinados até fevereiro.
A Caixa iniciou no dia quatro de janeiro a contratação de financiamentos do Minha Casa, Minha Vida dentro das regras previstas na terceira fase do programa para as faixas dois e três. Houve alteração de taxas de juros, renda mínima e valor dos imóveis.
Para as obras do Minha Casa, Minha Vida não pararem, aumentou a participação de dinheiro do FGTS. No ano passado, o conselho curador, que administra o fundo, autorizou o repasse de recursos do lucro do FGTS para as construções de casas para as famílias de menor renda, o que não acontecia antes. Foram R$3 bilhões no ano passado e, para essa faixa de renda, neste ano vão ser quase R$5 bilhões. Detalhe: é dinheiro a fundo perdido, não vai voltar para o FGTS, que rende tão pouco para o trabalhador.
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