Gestação são os nove meses em que o feto gerado pela fecundação está se desenvolvendo dentro do útero da mulher. Durante esse período, o corpo da mulher muda e ela passa a sentir alguns sintomas, enquanto começa a se sentir diferente.
Um dos primeiros sinais de que a mulher está grávida é o atraso, ou falta, da menstruação, outros sintomas são aumento e alteração na aparência dos seios, dores nas mamas, náuseas, vômitos, inchaço abdominal, cansaço, desejos alimentares, alterações do paladar e do olfato, aumento da frequência urinária, tonturas, dor lombar e outros.
Um problema raro, porém muito sério e que existe de verdade entre as mulheres é um transtorno chamado pseudociese ou pseudogestação, conhecido popularmente como gravidez psicológica.
Mulheres que sofrem com essa doença passam a sentir todos os sintomas que uma gestante sente, porém sem que ela esteja grávida de verdade. Isso acontece porque esse é um transtorno psicológico que pode levar a alterações fisiológicas.
De acordo com ginecologistas, os sintomas aparecem por causa do aumento de prolactina, hormônio responsável pelas alterações no organismo das grávidas.
O aumento desse hormônio pode ser causado por outros problemas como uma depressão ou uma ansiedade patológica na mulher. Porém, mulheres que sofrem com a baixa autoestima, que tem problemas de infertilidade ou u medo exacerbado de engravidar também podem acabar tendo uma gravidez psicológica.
Os sintomas são tão reais que, juntamente com a falta de um acompanhamento médico mais profundo, a mulher só descobre que não estava grávida de verdade no momento do “parto”, quando os médicos fazem a cirurgia e veem que não existe bebê dentro daquele útero.
Para algumas mulheres, a gravidez é tão real que, mesmo com exames laboratoriais, clínicos ou de imagem comprovando que a gestação é falsa, a mulher continua acreditando que está sim grávida.
Ainda de acordo com ginecologistas, esse transtorno é reconhecido pela classe médica. “Isso porque, além do caráter psicológico, a gravidez psicológica também é considerada uma doença psicossomática, uma especialidade da medicina e da psicologia, na qual se estuda a estreita relação entre o corpo e a mente”, explica Renato de Oliveira, responsável pela área de Reprodução Humana da Criogênesis.
Ainda não existe tratamento específico para esse tipo de transtorno. O tratamento varia em cada caso e envolve família, amigos e médicos em um trabalho conjunto. Geralmente é preciso terapia, mas na maioria das vezes não é necessário o uso de nenhum medicamento.
Porém, para que a mulher se livre de vez desse transtorno, é preciso diagnosticar as origens do problema, o que causou essa gravidez psicológica. Só acabando de vez com o causador de tudo é que a mulher vai conseguir voltar à vida normal e buscar alternativas para concretizar o desejo de ser mãe.
Fotos: Reprodução