Um mês já se passou depois da eleição que escolheu o argentino Jorge Mario Bergoglio, papa Francisco, como sucessor Bento XVI. Como iniciativa de mostrar a que veio, Francisco escolheu um grupo de oito cardeais de todos os continentes para “aconselhá-lo no governo da Igreja” e estudar um projeto de reforma da Constituição da Cúria. A criação do grupo foi anunciada no último sábado (13), em comunicado da Secretaria de Estado do Vaticano.
A reforma, principalmente da Cúria, desejada por uns e temida por outros, parece que vai começar a criar forma. O Papa Francisco já mostrou desde os primeiros minutos de seu pontificado que seria um pastor para os pobres, de uma Igreja misericordiosa e missionária.
O grupo:
- América Central – Oscar Rodriguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa, Honduras;
- América do Sul – Francisco Javier Errazuriz Ossa, arcebispo emérito de Santiago do Chile;
- América do Norte – Sean Patrick O’malley, arcebispo de Boston;
- África – Laurent Pasinya, arcebispo de Kinshasa na República Democrática do Congo;
- Ásia – O indiano Oswald Gracias, arcebispo de Mumbai e presidente da Conferência Episcopal da Ásia;
- Oceania – George Pell, arcebispo de Sidney, na Austrália;
- Europa – O alemão Reinhard Marx, arcebispo de Munique, considerado também um grande reformista;
- Europa – Giuseppe Bertello, presidente do governo da cidade do vaticano.
Com a iniciativa de criar o grupo, Francisco já começa a por em prática o que tem dito em seus discursos, se colocando sempre como o bispo de Roma. Dessa forma dá indicativas de que vai descentralizar cada vez mais o poder criando a ideia de colegialidade na tomada de decisões. O grupo tem até outubro para apresentar ao Papa as propostas de mudanças.
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