A varejista de moda sueca H&M anunciou nesta quinta-feira (5) a suspensão temporária da importação de couro do Brasil devido às queimadas na Amazônia. Por meio de um comunicado, a empresa, segunda maior do mundo em seu setor, disse que não comprará o material enquanto não tiver garantias de que sua produção não contribui para os incêndios na floresta.
“Devido aos graves incêndios na parte brasileira da Floresta Amazônica e às conexões com a produção de gado, decidimos suspender temporariamente o couro do Brasil”, disse a H&M. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o bioma da Amazônia já registra mais de 46,8 mil focos de incêndio em 2019, sendo 30,9 mil apenas em agosto, o maior índice para o mês desde 2010.
Além da h&M, no dia 29 de agosto, a Kipling, Timberland, Vans e outras quinze marcas confirmaram que iriam suspender a compra do couro brasileiro até que haja uma confiança em relação a origem dos materiais. Na última semana, segundo o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), associação que representa as empresas produtoras de couro, mais de 18 marcas cancelaram a compra do material. O CICB enviou uma carta ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pedindo “atenção especial sobre o caso”, já que o Brasil exporta mais de 80% de sua produção de couros, chegando a gerar US$ 2 bilhões em vendas ao mercado externo em um único ano.
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