House Session – Entrevista com Pedro Garcia

entretenimento|Música

Ao mesmo tempo em que surge uma enorme diversidade de DJs, surge também uma maior análise e crítica por parte do público. No formato atual, Pedro Garcia, frequentemente, se destaca pelos eventos seletos e por dividir os CDJ´s com alguns dos maiores nomes da música eletrônica. Pedro também se apresenta constantemente em SP, em clubes badalados como Pink Elephant, Mokai e A.F.A.I.R. Sobre sua carreira e Fortaleza, No Patio conversa com Pedro Garcia!

No Pátio: Como foi essa transição de levar como hobby até o profissional na discotecagem?

Pedro Garcia: Não sei ao certo se deixou de ser um hobby. Discotecar ainda é algo que só costumo fazer no final de semana, pois ainda curso Faculdade e não pretendo encerrar os estudos ao me formar. Poucos sabem, mas gosto muito da área financeira e de gestão. Tento por em prática o que aprendo no mercado como DJ em sala de aula e o que aprendo na sala, no meu dia a dia como DJ. Isso tem sido, sem dúvida, um dos segredos das coisas estarem dando certo. Vejo que faltam muitos profissionais da área planejamento e perspectiva. Embora considere que discotecar ainda seja um hobby, eu levo muito a sério, pois cobro por este serviço. Acho que a partir do momento que se cobra por algo, você tem obrigação de fazer bem feito. Sou uma pessoa muito exigente quando estou consumindo algum produto ou serviço, de certa forma eu antes de qualquer pessoa sou quem me avalio. Procuro sempre analisar o que estou fazendo e sempre busco por excelência em tudo aquilo que me presto a fazer. Apesar das responsabilidades, o que mais me faz acreditar que isto é, e sempre será, um hobby é o
fato de que eu sou a pessoa que mais se diverte na festa. Acho que consegui juntar o útil ao agradável. Me divirto ao mesmo tempo que ganho um pouco de dinheiro extra e nos finais de semana. Todo mundo tem o seu lazer, e geralmente gasta com isso. Eu fiz diferente, sou pago para me divertir.

NP: Como é o perfil do público a que você tem se apresentado ultimamente?

PG: Acho que o público que me acompanha nas minhas apresentações faz mais o perfil da produtora da festa e não o meu em sí. Por exemplo, se estou tocando para a produtora A eu sei que vai ser um público um pouco diferente da festa passada que foi da produtora B. É claro que há uma constante entre esse público, que são aquelas pessoas que curtem o meu trabalho e fazem questão de ir onde eu estou.

Definiria mais como meu público aqueles clientes que me procuram para fazer seus eventos particulares; casamentos, aniversário, corporativos, ou apenas uma reunião de amigos. Estes simsão o meu real público e são os responsáveis pelo sucesso do Pedro Garcia. A partir do momento que um perfil específico de pessoas passam a consumir o seu serviço, você passa a ser ícone de referência no mercado e isso faz com que seu nome se valorize. Desta forma, as produtoras que querem atingir este perfil de público em específico passa a querer você nos eventos dela.

É uma matemática bem simples. Escolha o público para o qual você quer trabalhar, que este público vai te levar ao todo, dentro do segmento de eventos que este mesmo público consome. Se o seu público é top, os seus eventos serão de primeira linha e as produtoras serão as melhores, caso contrário, você simplesmente vai sobrevivendo. Ai está a grande diferença de tocar por dinheiro, e tocar por hobby. Quando um DJ toca no evento simplesmente por ele estar livre naquela data e o contratante topou pagar seu cachê, ele estará disponível para a grande maioria.

Costumo dizer que sou eu quem escolhe o perfil de cliente para quem eu vou tocar, e não o contrário. O dinheiro compra muita coisa, mas há certos momentos que por maior que seja a quantidade de dinheiro, ele não vale nada.

NP: Existe uma divergência entre DJs de todo Brasil. Alguns optam pelo novo, conceitual, outros pelos Hits e a comercialidade na música. Existe um meio termo?

PG: Acredito que sim, para falar a verdade nunca parei para pensar a respeito. Para mim, o que importa é se a música é boa ou ruim. Nunca deixei de tocar a música X ou Y porque ela é chacota ou muito conceito, a tal música só precisa passar no meu critério de avaliação se “funciona” ou “não funciona” para aquele público que estou me apresentando.

NP: Quais foram os maiores nomes com quem já se apresentou?

PG: Dos nacionais, já tive a oportunidade de me apresentar ao lado de Marcelo Mansur (DJ Meme), Júlio Torres, Paulo Borgosian, Mário Fishcetti, Paula Pedroza, Marcelinho Cic, Edu Brussy … acho que a maioria do top 100 Brasil. A nível internacional, tem alguns nomes interessantes como, Laidback Luke (top 20 mundial), Steve Angello (top 23 mundial), Tocadisco, Tiesto (top 3 mundial), Skazi (top 63 mundial), Astrix (top 53
mundial) e em alguns dias o ilustríssimo David Guetta (top 1 mundial) entra par a lista logo mais dia 9 de Janeiro!!!

NP: Top 5 por Pedro Garcia:

PG: Que minhas noivas não ouçam este top 5!(risos). Apesar de não serem o estilo de música que eu costumo tocar em apresentações públicas de festas mais pop, estas são as 5 que mais gosto. Nunca faltam em meus sets em festas maiores como Pacha, logo mais dia 17 de Dezembro, e warm ups como para o DJ Tiesto no último dia 22 de Outubro no Siara Hall. Matt Caseli & Danny Freakazoid – Long Legs Running 2011 (Graham Sahara & Central Avenue Mix), Beachball (Chris Lake Remix) – Nalin & Kane, Nightriders – Get Hooked, Bob Sinclar – Save Our Soul (Defected), Joris Voorn – Incident (Miyagi).

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Ótimo fim de semana a todos!

 

 

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