House Sessions – Entrevista com DJ Rodrigo Lobbão

entretenimento|Música

Após a temporada de férias ter sido bombardeada de festas, este segundo semestre promete. Tanto os djs como os produtores tentam se diferenciar de uma forma mais clara. Teremos em breve um evento da consagrada Warung, um dos melhores clubs do mundo, localizado em Itajaí (SC).  Também será realizada a Heineken Sunset, com alguns dos melhores djs da cidade. Precisa ser lembrado também o projeto Movin, com um público seleto e receptivo a estilos diferentes (coisa rara por aqui). São alguns indicativos de mudanças de repertório musical nos frequentes eventos. Sobre essas mudanças Rodrigo Lobbão, dj em Fortaleza há 16 anos e que dispensa apresentações, conversa comigo e nos dá mostra do que escuta ultimamente.

 

1 – O que é mais tocado por você hoje em suas residencias (Mucuripe Orbita)?

Hoje temos que falar de fatores circunstanciais e contextuais, como tocar em casas ou clubs com perfis diferente de publico. No Mucuripe, o conceito é bem mainstream,     comercial e pop. Alias, sempre foi, desde do primeiro complexo, na praia do mucuripe, ao atual. Então tenho que me adequar, tocar tracks mais acessíveis, sempre  moderando.

No Orbita bar isso muda um pouco, apesar do conceito ser mais “rock” e ter como foco no trabalho de bandas autorais e covers, a casa oferece um conceito mais  moderno para os DJs e acredito ter uma liberdade maior para tocar o que quero, educando e entretendo.
2- Em todo esse tempo discotecando aqui, e em outras cidades, como classificaria o publico de Fortaleza em geral?

Avançamos muito no quesito “cultura eletrônica”, claro, estamos alguns passos atrás de grandes centros que tiveram alicerces mais firmes e uma historia mais extensa.

Acredito que o publico está, até certo ponto, bem mais informado do que a anos atrás, mas falta muito por exemplo, de termos um club eletrônico, que não fique a                merce do cenário mais comercial ou elitista.

Temos que analisar uma série de questões, entre elas os fatores sócio econômico e culturais da cidade. Aqui existe basicamente 3 perfis claros de público:

A)   Público raver ou de festas “open air”, que ainda considero ter força no cenário;

B)    Público elite, formado pelas classes altas e que consomem festas luxuosas e caras, muito forte atualmente;

C)    Público Gay, que vem aumentando consideravelmente o número de festas, público, Djs, e casas noturnas.

Sao Paulo por exemplo é referência, é onde se tem as melhores casas e talvez bastante publico informado e amante para “n” vertentes. Mas não podemos comparar SP        com nenhuma capital, e mesmo lá atualmente, vejo muitos reclamando da falta de boas festas e bons públicos. Principalmente quando falamos de uma cena mais                underground e conceitual. E olha, la tem D-egde, que de longe é o melhor club para mim, do Brasil.

 3- Quais as melhores festas/projetos na sua opinião e por que?

Independente aqui de ser mais conceitual ou não, vejo pequenos projetos terem força como as noites de quarta da Yap Temakeria, ao comando do Fil e Julie e os projetos    de lounge e deep house, comandadas pelo DJ Malloy, mostrando que boa musica estão em lugares bacanas, degustando boas comidas e papeando com os amigos.

Festa mais undergrounds em que destaco são as noites da House Sessions e Club it, na Kapitulo (com o Diego Grecchi e Victo Falcão a frente), a Movin na Music Box (do      Morr) e as edições da Heineken, da produtora Feeling, todas muito especiais.

Se tratando de grande festas para “bigrooms”, cito a Prime e House Club, com apelo mais mainstream, porém muito bem estruturadas.
4- Com todos os novos recursos para djs, o que se tornou mais importante para um diferencial?

Acima de tudo o feeling do DJ, a máquina não faz nada só, se não houver sentimento humano e amor ali, não adianta, por mais automatizado que seja o processo, esse       sentimento não é transmitido. E ai, a originalidade não existe.

 

 5- Quem se destaca dessa nova e a geração de djs? 

David Fiuza, Jorge Quental, Eugenio C. Esses no momento me chamam a atenção.

Não posso deixar de falar do projeto FAW, Friends At Work, formado por mim, Fil e JP Gonzales, que mesmo formado por veteranos, o projeto é novo, e vem se destacando em festas com o foco no mainstream, em Fortaleza.

Top 5 Rodrigo Lobbão:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=1vGQsVWMQ44[/youtube]

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=GO2PmjlguyA[/youtube]

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=iNKuA515NxA[/youtube]

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Ph05AIKuJGY[/youtube]

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=mIFOkxTnaaI[/youtube]

 

Semana que vem tem mais , com um convidado de renome internacional que reside em Fortaleza. Boa Semana a todos!

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