A produção industrial brasileira teve queda de 2,5% na produção de janeiro para fevereiro deste ano, em 11 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o pior resultado desde dezembro de 2013. Considerando apenas o mês de fevereiro, foi a maior queda da série histórica, que teve início em 2002.
A pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional, divulgada na quinta-feira (7), mostra que os maiores recuos foram nos estados da Bahia (-7,9%) e Amazonas (-4,7%). Na Bahia, parte do avanço de 8,5% acumulado nos meses de dezembro e janeiro foi eliminado. No Amazonas, são nove meses consecutivos de taxas negativas, com queda acumulada de 26,7%.
Também fecharam fevereiro com recuos superiores à média nacional os seguintes estados: Santa Catarina (-3,3%), Ceará (-2,8%) e Pernambuco, que teve queda dos mesmos 2,5% da média nacional.
Em São Paulo, onde fica o maior parque fabril do País, a retração de fevereiro em relação a janeiro foi de 2,1%. No Rio de Janeiro (-1,9%), no Paraná (-1,6%), no Rio Grande do Sul (-1,3%) e em Minas Gerais (-0,7%).
Quanto a Pernambuco, o IBGE atribuiu a retração na produção industrial à queda na fabricação dos setores de produtos alimentícios (açúcar refinado de cana e cristal, sorvetes e picolés). No Amazonas, há uma gana muito maior de produtos, principalmente equipamentos de informática, eletrônicos e óticos e equipamentos de transporte (motocicletas e peças). Já no Espírito Santo, influenciaram o resultado negativo as indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados).
Já a taxa anualizada, o indicador acumulado nos últimos doze meses, recuou 9% em fevereiro de 2016 para o total da indústria nacional, contra os doze meses imediatamente anteriores. O resultado reflete retrações no parque fabril de treze dos quinze locais pesquisados, mas somente seis apontaram menor dinamismo frente ao índice de janeiro último.
Por outro lado, Pará (6,2%), Espírito Santo (5,3%) e Goiás (4,1%) tiveram resultados positivos em relação a produção industrial.
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