Portugueses, árabes, espanhóis, italianos, ingleses e franceses estão entre as principais nacionalidades de imigrantes que aportaram no Ceará em meados do século XIX e XX. Embora faça mais de 200 anos, os motivos que levaram boa parte da população desses países a sair em busca de novos horizontes ainda são bem atuais: Recessão econômica, falta de trabalho, conflitos políticos e perseguições religiosas.
Nesse período Fortaleza recebeu um fluxo constante de imigrantes em busca de trabalho, no entanto, muitos partiam para o interior do estado buscando explorar o vasto espaço dos sertões e das terras cearenses. Alguns dos participantes ativos na construção do Estado, sobretudo na alavancada econômica, são os imigrantes sírios e libaneses, que foram tema de documentário do Repórter Assembleia, que foi ao ar no último sábado (23), na TV Assembleia.
Entre os fatores abordados no programa estiveram as causas da imigração libanesa e síria, o contexto histórico da região, as razões econômicas, religiosas e culturais. Tema de relevância histórica para o Ceará e para o País, o documentário fez um verdadeiro resgate ao passado das pessoas que deixaram suas terras em busca de sonhos e melhores condições de vida.
Para contar a história a reportagem deu enfoque aos depoimentos dos descendentes de algumas famílias libanesas e sírias que chegaram ao Ceará nas últimas décadas do século XIX e início do século XX.
O documentário produzido pelo Repórter Assembleia não se tratou de louvação, e sim de reconhecimento para com tantos patriarcas imigrantes que, do nada, conseguiram estruturar famílias e consolidar patrimônios em terras cearenses.
Produzido pela jornalista Ana Célia de Oliveira, o documentário do Repórter Assembleia teve duração de aproximadamente 60 minutos. Com coordenação de Angela Gurgel, direção de imagens de Vinícius Augusto, fotografia de Marcelo Alves e reportagens e apresentação de Janaína Gouveia, a matéria faz parte da grade do Núcleo de Documentário da TV Assembleia.
Fotos: Reprodução.