A decisão do Senado de destituir Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República teve grande repercussão entre os principais veículos de comunicação nacional e internacional e domina as redes sociais. Entre os brasileiros, o sentimento é dividido: muitos definiram a votação como o “fim da democracia”, enquanto outros comemoraram a “queda” da presidente afastada.
Na Assembleia Legislativa do Ceará, como já era de se esperar, o impeachment vem repercutindo entre os deputados. O presidente da Casa, o deputado Zezinho Albuquerque (PDT), afirmou que, como defensor da democracia, acredita que ela sempre deve ser fortalecida. “Lamento que nosso País tenha passado por um processo cujo desfecho foi o que infelizmente agora conhecemos. Creio que é necessário, cada vez mais, consolidar o processo democrático e garantir respaldo àqueles que são eleitos pelo povo”, pontuou.
Para o deputado Renato Roseno (Psol), que sempre se posicionou contrário ao governo de Dilma Roussef, o impeachment “é oportunista, casuísta e covarde” e não tem nada com o combate à corrupção. Ainda de acordo com o parlamentar, o que o Plenário do Senado fez na quarta-feira (31) foi um golpe parlamentar e uma covardia, prova disso é a manutenção dos direitos políticos da ex presidente. “Como não havia motivo para a sentença política, acabaram mantendo os direitos políticos da presidente”, disse.
Já o deputado Elmano Freitas (PT) disse lamentar profundamente o golpe parlamentar contra Dilma e a democracia brasileira. “Golpe este arquitetado por uma maioria de pessoas comprometidas com interesses como a retirada dos direitos dos trabalhadores, conquistas garantidas pela CLT. Querem retirar o salário mínimo do aposentado, querem congelar todo o investimento novo em saúde e educação. Isso significa que nenhum prefeito, nenhum governador poderá comprar, em 2017, mais remédios do que comprou em 2016. Essa é a proposta do Michel Temer”, criticou o deputado.
Para Carlos Matos (PSDB), Dilma Rousseff cometeu “muitos erros graves e perdeu a confiança do brasileiro para governar”. A partir de agora, afirmou, “o presidente Michel Temer vai precisar de muita habilidade para promover as reformas política, previdenciária e trabalhista de que tanto o Brasil precisa”.
E como fica agora?
O Brasil sofreu um terremoto político que causou dor e até dividiu a sociedade. O rito da destituição de Dilma foi consumado e o Partido dos Trabalhadores (PT), que a sustentava, passa à oposição, depois de 13 anos no poder. Mas, será que, pensar em paralisar o País neste momento de crise é uma boa alternativa? Não será esta a hora de dar um basta nas intrigas políticas acima do bem do Brasil? Conta para a gente a sua opinião. O No Pátio quer saber…
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