Internautas defendem mais debate sobre reforma do ensino médio

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A proposta de reforma do ensino médio defendida pelo governo de Michel Temer vem causado calorosas discussões e provocando reações por parte de movimentos organizados e membros da comunidade escolar de todo o País. Um dos principais pontos de discordância diz respeito às disciplinas de educação física e artes, que não aparecem mais como obrigatórias.

Como a situação está preocupando muitos educadores, que se manifestaram contrários à falta de uma discussão mais ampla que envolvesse professores, gestores, família e alunos do ensino médio, o Portal da Assembleia Legislativa do Ceará quis saber o que os internautas pensam acerca do assunto. 

Através de uma enquete realizada entre os dias 26 de setembro e três de outubro, o Portal da AL questionou se a medida provisória (MP) é a forma mais adequada para promover a reforma do ensino médio brasileiro.

Para 77% dos internautas, essa não é a forma mais adequada, por se tratar de um tema complexo, que precisa ser discutido com maior profundidade e envolver educadores, comunidade escolar e sociedade. Já 16,4% concordam com a medida e defendem que há hoje uma falência do ensino médio. Para eles, a medida provisória pode agilizar a implantação de ações que garantam a mudança desse modelo. Outros 6,6% preferiram não opinar.

Após o resultado da enquete alguns deputados se pronunciaram sobre a reforma do ensino médio. Um exemplo é a deputada Fernanda Pessoa (PR), que defende o diálogo com educadores e sociedade para aprofundar o tema, além de lançar mais propostas de melhoria da educação.

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Para o deputado José Sarto (PDT) a discussão precisa de mais tempo e cuidado para que a proposta seja aperfeiçoada. “Precisamos sim de um debate mais aprofundado, pois estamos tratando do futuro dos nossos jovens. A educação é um tema caro para o nosso País, e não pode ser modificada sem a participação da população e de professores”, defende.

Fundamentada no Projeto de Lei (PL) 6840/2013, a medida resulta do relatório produzido pela Comissão Especial para Formulação do Ensino Médio (CEENSI) da Câmara Federal. A ideia é alterar a Lei nº 9.394/1996 para instituir, entre outras coisas, a jornada em tempo integral e modificar a organização dos currículos escolares, de modo a enfatizar a formação dos alunos por áreas do conhecimento.

E você, o que acha da reforma do ensino médio, acredita que há falta de diálogo do governo com os diversos segmentos do universo estudantil?

Fotos: Reprodução. 

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