Diversos sites de notícias divulgaram nesta semana o caso da jornalista que foi assediada na última terça-feira (26) por um funcionário da empresa de telecomunicações NET. A jornalista Ana Prado ficou espantada ao receber mensagens em seu celular que iam muito além de simples propagandas de pacotes de serviço.
O funcionário da empresa, que algumas horas antes teria telefonado a ela fazendo uma oferta para um novo pacote de serviços de TV a cabo, internet e telefonia, passou a lhe enviar mensagens pelo WhatsApp, sem o consentimento dela.
Argumentando que teria pegado o seu número pessoal pela base de dados dos clientes da NET, o desconhecido, que logo foi reconhecido como o atendente da operadora, elogiava sua voz e dizia ter ficado curioso após ter falado com ela.
Em desabafo em uma rede social, a jornalista de 26 anos publicou as fotos da conversa entre ela e o atendente, que se negou a excluir seu número do aparelho celular mesmo depois dela ter ameaçado processá-lo. “Agora o cara me adicionou no WhatsApp sem permissão, me mandou estas mensagens, disse que eles têm ‘acesso a todos os dados dos clientes’, se recusou a deletar meu número, tá levando tudo na brincadeira e me desafiou a processá-lo”, relatou Ana em seu perfil no Facebook.
Depois dessa publicação, que foi vista por milhares de pessoas em todo o país, várias outras mulheres que já sofreram assédio por técnicos ou outros funcionários de prestadoras de serviço se manifestaram, relatando experiências parecidas com esta vivenciada por Ana.
A empresa de telecomunicações, após toda essa repercussão, procurou a jornalista, buscando obter mais esclarecimentos sobre o fato, na quarta-feira (27), afirmando que não tinha conhecimento sobre ocorridos desse tipo, alegando ainda que a pessoa em questão era um funcionário terceirizado. “A empresa disse que não quer agir apenas civilmente – que seria apenas demitir o funcionário – como também quer agir judicialmente nesse caso”, revela a jornalista.
O caso deixou claro que, na era da Internet, a banalização sobre a vida particular das pessoas só cresce a cada dia. O No Pátio quer saber se você já sofreu ou conhece alguém que tenha sofrido algum tipo de assédio parecido com esse. Conta pra gente…
Fotos: Reprodução.