Ontem (3) foi encerrado o julgamento do médico Conrad Murray, acusado pela morte de Michael Jackson, em 29 de junho de 2009. Os advogados de defesa e acusação passaram o dia fazendo suas alegações finais e agora o caso está nas mãos do júri, que ainda deve chegar a um veredicto. O juiz disse, em suas considerações finais, que as deliberações começam hoje.
No início das apresentações, o advogado de acusação David Walgren usou como argumento principal a “negligência criminosa” por parte do médico, que teria implicado diretamente na morte do astro pop. Pelo que foi constatado, Michael Jackson morreu devido uma intoxicação aguda de profanol, medicamento usado com frequência pelo cantor, para combater a insônia. “A evidência neste caso é esmagadora. De que Conrad Murray deixou Prince, Paris e Blanket sem pai” disse Walgren.
Após o recesso para o almoço começou a apresentação de um dos advogados de Murray, Ed Chernoff, que usou uma estratégia de defesa envolvendo outros pacientes do médico. “Vocês viram pacientes antigos de Murray. Essas pessoas pareciam crer que Murray tinha desrespeito pela vida humana?” perguntou Chernoff ao júri. Em relação ao fato de o médico não ter chamado o serviço de emergência 911, quando percebeu que o estado de Michael Jackson estava crítico, o advogado fez a seguinte indagação: “Alguém ligaria para o 911 se fosse um médico treinado?”. E finalizou dizendo ao júri: “Isto não é um reality show. Isto é realidade”.
Em vários momentos do julgamento, David Walgren se referiu ao médico como “pobre Conrad Murray”, mantendo a ideia de que o Murray tinha responsabilidade legal pelos cuidados de Michael Jackson e mesmo que não tivesse visto o cantor fazer uso de profanol, seu papel era zelar pela integridade física do paciente. No final, o juiz deu diversas orientações aos jurados, para que não sejam influenciados por informações externas, que possam comprometer o resultado, e ressaltou que o veredicto deve ser unânime. “Não mude de opinião somente porque os demais jurados discordam dela”. Se julgado responsável pela morte de Michael Jackson, Conrad Murray, de 58 anos, pode pegar quatro anos de prisão e perder sua licença médica”.
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