No dia 21 de Junho, no L´Ô Restaurante, acontece o lançamento do livro Iconografia do Cangaço, organizado por Ricardo Albuquerque e com projeto gráfico de Delfin – Studio DelRey. O coquetel é assinado pelo renomadíssimo Chef Marcos Monteiro. Há também a presença do Trio Musical comandado pelo músico Moacir Bedê com música típica regional.
Uma verdadeira aula de cultura, a obra mostra características e fatos importantes do sertão nordestino. O cangaço ganhou a imaginação das pessoas como poucos outros casos de revoltas populares na História do Brasil. Podemos dizer que, em grande parte, Lampião foi o grande responsável por levar o movimento do sertão profundo até os jornais das grandes cidades. Dessa forma, soube valer-se da grande invenção popularizada no início do século XX: A fotografia.
Por meio dos registros fotográficos, realizados em um primeiro momento por fotógrafos ocasionais espalhados pelo sertão e logo em seguida pelo libanês Benjamin Abrahão – autor da série mais significativa dessas imagens – o cangaço virou notícia e aguçou ainda mais a curiosidade das pessoas em relação aos fatos.
Com as matérias produzidas enaltecendo os feitos de bravura ou narrando enfaticamente a crueldade dos crimes dos cangaceiros, as personagens dessa intrigante história foram se encorpando no imaginário popular. Daí para as canções populares, os cordéis e as lendas sertanejas foi um pulo.
O lançamento do livro Iconografias do Cangaço representa uma nova chance de avaliar a importância histórica desse movimento, já que reunir essas fotografias com qualidade gráfica e sistematização é produzir um importante documento para a posteridade.
As fotografias, principalmente as de Benjamin Abrahão, mostram detalhes das vestimentas, pormenores do cotidiano, costumes e hábitos disso que se convencionou chamar de estética do cangaço. Com isso, a obra propõe uma reflexão sobre o papel da iconografia para a criação de mitos populares e para construção do imaginário popular.
Por fim, um brinde ao leitor: o DVD que acompanha o livro traz imagens em movimento produzidas por Benjamin Abrahão, agora em uma nova montagem feita por Ricardo Albuquerque, que privilegia as cenas tematicamente e foge à caricatura impressa ao filme Lampião: o rei do cangaço, que reuniu em 1955 as imagens censuradas no final da década de 1930. Além de uma nova montagem, esta nova edição traz também aproximadamente 5 minutos a mais, recuperados, em 2002, pela Cinemateca Brasileira.
Serviço:
Local: L´Ô Restaurante (Av. Pessoa Anta, 217 – Centro Histórico
Telefone: (85) 3265-2288
Horário: 19 horas
Contatos com a imprensa em Fortaleza:
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Foto: Reprodução