A decisão da comissão especial da Câmara dos Deputados, no último dia seis, de vender cerveja nos estádios brasileiros durante a Copa do Mundo e a Copa das Confederações, foi revogada na última quarta-feira (14) durante reunião dos líderes da base governista com o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e com o relator da Lei da Copa, deputado Vicente Cândido (PT-SP). Mas depois de algumas horas a decisão foi mais uma vez mudada. O governo recuou e voltou a defender a venda de bebidas para atender ao acordo feito com a Fifa.
“O que o Brasil firmou com a Fifa é um acordo para um evento que dura um mês. Esse compromisso firmado no governo do presidente Lula, como condição para que a Copa do Mundo viesse para o Brasil, eu tenho a mais absoluta convicção que será honrado pelo Congresso”, aposta o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Na decisão anterior, o deputado Vicente Cândido, fala que foi informado que o governo não tinha um acordo com a Fifa sobre esse ponto.
O líder do governo, Arlindo Chinaglia disse que as lideranças entendiam que havia um acordo entre o Brasil e a Fifa para a liberação da venda de bebidas. “Havia dúvidas por parte de muitos líderes se o Brasil havia assumido um compromisso, ao trazer a Copa para o nosso país, que automaticamente haveria a autorização de venda de bebidas alcoólicas no estádios, até porque tem uma lei que proíbe. Hoje, ficou claro que o governo não assumiu esse compromisso”, disse o deputado na reunião quarta-feira com os aliados do governo.
Por este motivo, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em reunião com as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ainda na noite desta quarta-feira (14). Eles resolveram divulgar uma nota, afirmando que a venda de bebidas nos estádios, durante a Copa do Mundo do Brasil, é o item de oito, de um termo de acordo com 11 itens assinado entre a Fifa e o governo brasileiro há cinco anos.
Agora a bola vai para is estados. Deles depende a liberação da venda. “Isso vai ter que ser resolvido em cada um dos 12 estados, porque todos eles proíbem a venda. Nós não podemos legislar no âmbito federal uma lei que, digamos, altere a legislação de cada estado”, declara.
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