A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou ontem (6) a Lei Geral da Copa. A aprovação vem em meio à crises na relação do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que sugeriu um “chute no traseiro” do Brasil para apressar a votação e o Comitê Organizador Local (COL), mais especificamente com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. O texto foi aprovado depois de passar por diversas mudanças, e entre os pontos mais divergentes que foi aprovado, está a liberação do consumo de cerveja nos estádios, com a ressalva de que deve ser em copo de plástico e somente na Copa do Mundo e Copa das Confederações.
A lei ainda estabelece feriado nos dias de jogos do Brasil. Os parlamentares divergiram muito sobre o ponto de vender ou não bebida nos estádios. Foram 15 votos a favor da bebida, e nove contra.
“Em nome da economia, quanto vale a vida? O jogo não é uma apresentação de teatro, é uma disputa. E nós sabemos o que o álcool pode significar nisso, com pessoas violentas”, criticou a deputada Carmen Zanotto (PPS-SC).
“Não é razoável investir R$ 1 bilhão em estádio que será ponto turístico e não poder beber. O momento é diferente da violência de anos atrás”, defendeu o relator, Vicente Cândido (PT-SP).
Outro ponto aprovado é a meia entrada. Ela só será concedida aos estudantes na categoria 4 de ingressos, na chamada “cota social”, já definida anteriormente. O benefício que valerá também para beneficiários do Bolsa Família, deve deixar os ingressos no valor final de US$ 25 (cerca de R$ 45), com venda por meio de sorteios. O texto da Lei Geral da Copa deverá ir ainda ao plenário da Câmara e seguir para o Senado antes de virar lei.
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