Não é preciso ser mãe de autista para saber que é preciso uma dedicação especial ao filho. Porém há pequenas situações cotidianas que parecem bobagem, mas apenas quem é mãe de autista sabe como é ter que enfrentar. E Fernanda Torres sabe e sentiu bem isso na pele, ao ver o filho autista ter uma crise. Tudo porque, no dia primeiro de janeiro, enquanto todos celebravam o ano novo, seu filho, Miguel, de 6 anos, entrou na Netflix para ver seu desenho favorito e ele não estava mais lá…
No primeiro dia do ano, a Netflix removeu do catálogo a animação Procurando Nemo. E era justamente esse desenho que Miguel assistia todos os dias. Com a retirada do longa, Fernanda viu a rotina de seu filho ser quebrada. E, com isso, vieram as crises. Por mais que ela colocasse o desenho no Youtube ou de qualquer outra forma, por não ter o menu da Netflix, o garoto não reconhecia a animação. E daí o menino entrava em crise.
Foi então que Fernanda fez o que qualquer mãe, de autista ou não, faria: partiu em busca de algo que aliviasse o sofrimento do filho. Em uma série de postagens em uma rede social, ela pediu à Disney que negociasse com a Netflix o retorno do filme ao catálogo da plataforma. Nas postagens, ela explicou que seu filho era autista e estava tendo sérias crises com a saída do desenho.
Infelizmente, empatia é algo que anda em falta no mundo. Muita gente criticou a atitude dela, dizendo que ela estaria “mimando” o filho. Chegaram a dizer que ela tinha que dar um jeito no menino. Porém, mostrando que nem tudo está perdido, houve quem se solidarizasse. Enquanto algumas pessoas reforçaram o pedido para que a Disney e a Netflix trouxessem o filme de volta, um morador de Carapicuíba (SP), foi ainda mais além.
Rodrigo Lima tem 22 anos e é analista de suporte técnico. Ao ver o drama de Fernanda, ele resolveu criar um DVD no qual o menu fosse igualzinho ao da Netflix. Assim, o pequeno Miguel poderia manter sua rotina de pegar o controle, mexer no menu e selecionar sei filme preferido. Nem precisa dizer que esse ato lindo repercutiu nas redes sociais, não é mesmo?
Bem que o mundo precisa de mais gente com empatia assim!
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