Você conhece e costuma respeitar os limites do seu bolso antes sair fazendo compras? Se sim, saiba que este não é um hábito comum para a maioria dos brasileiros. De acordo com uma pesquisa nacional encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira ‘Meu Bolso Feliz’, mais da metade dos consumidores brasileiros (53%) admitem ter realizado pelo menos uma compra por impulso nos últimos três meses.
Esse percentual fica maior quando as mulheres entram na estatística, já que seis entre cada dez entrevistadas assumiram que não fazem planejamentos em relação as compras, sendo roupas e calçados os maiores responsáveis pelos momentos de descontrole, segundo a pesquisa.
Os especialistas do SPC Brasil advertem que as compras realizadas por impulso são um dos principais fatores que motivam o descontrole orçamentário, impedindo com isso que os consumidores tenham uma reserva financeira para lidar com imprevistos ou realizar sonhos. “Um dos problemas associados ao comportamento impulsivo é o risco de endividamento em excesso. Quando as dívidas vão se acumulando e comprometem o dinheiro destinado aos gastos imprescindíveis, como despesas da casa e contas de primeira necessidade, é hora de o consumidor procurar ajuda para regularizar os atrasos porque ele pode cair na inadimplência”, afirma o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz, José Vignoli.
Para a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os descontos que à primeira vista prometem facilitar a compra, dificilmente serão compensados caso o consumidor não consiga pagar a fatura do cartão de crédito e caia no cheque especial. “Nesse caso, a compra pode sair mais cara, principalmente em tempos de juros mais altos”.
Os locais em que as compras impulsivas mais ocorrem são os supermercados (30%), os shopping centers (20%) e as lojas virtuais (17%). O levantamento foi realizado com homens e mulheres com 18 anos ou mais, que residem em 27 capitais brasileiras. Os dados foram coletados pela internet entre os dias 23 e 31 de março e a margem de erro da pesquisa é de 3,8 pontos porcentuais.
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