Manifestação pacífica termina em confronto

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O que começou como uma manifestação pacífica, terminou em confronto e violência, deixando a Avenida Barão de Studart, em frente ao Palácio da Abolição, completamente destruída. Resultado do segundo dia de protestos em Fortaleza.

Desde o encontro na Praça Portugal até a chegada no Palácio da Abolição, passando pela Assembleia Legislativa, na Avenida Desembargador Moreira, o clima era de calmaria e tranquilidade entre os manifestantes.

Na chegada ao Palácio, um grupo que defendia a invasão da sede estavam inconformados pelo fato de o governador Cid Gomes não ter aparecido para dialogar. Assim, mesmo tentando ser contido pelo restante da população que não queria vandalismo, o grupo derrubou as grades de proteção por duas vezes e jogavam nos policiais o que encontravam pela frente para forçar a entrada no local.

Sem respeitar e passar pela barreira humana feita por manifestantes que contestavam a violência, o grupo entrou em conflito com a polícia, que revidou com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, disparadas contra a multidão.

Até a cavalaria da polícia entrou em ação, com o objetivo de dispersar os manifestantes. Equipamentos do prédio foram depredados, janelas de um hospital no entorno do Palácio foram quebradas e houve também tentativa para incendiar carros com maçaricos.

Cerca de 55 pessoas foram detidas. Boa parte dos manifestantes que não são a favor do vandalismo, ajudou a polícia a deter alguns vândalos. “A gente vai ganhar algo tendo tanta gente na rua e não jogando coisa”, gritou um dos manifestantes em meio à confusão.

Ainda na Assembleia Legislativa foram negociadas três pautas: redução da passagem de ônibus, passe livre para estudantes, desempregados e autônomos e entrega de carteirinhas de estudantes. Na conversa, decidiu-se que sete representantes dos manifestantes deveriam comparecer ao local hoje, às 10h, para dialogar com o presidente da entidade, deputado José Albuquerque (PSB).

 

Foto: Igor de Melo e Fábio Lima

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