Médicos cearenses paralisam as atividades em protesto

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FABIOLIMAOPOVOMEDICOS

Os médicos cearenses paralisaram as atividades, ontem (3), reivindicando a exigência do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) aos profissionais que vão atuar no Brasil, melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS), realização de concursos públicos e a criação da carreira de Estado para a classe.

O protesto foi contra, principalmente, ao anúncio feito pelo Governo Federal sobre a contratação de aproximadamente 10 mil médicos estrangeiros sem realizar o Revalida.

A mobilização, intitulada “Vem pra rua pela saúde”, contava com, pelo menos, 3 mil médicos, que se reuniram no Jardim Japonês. O presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes, afirmou que não é contra a vinda dos médicos estrangeiros, mas que é necessário a aplicação do Revalida. “Se não formos ouvidos, acho que poderemos radicalizar. Uma greve geral ainda não foi pensada, mas existe essa possibilidade”, disse.

Ontem, ainda, cerca de 100 representantes da categoria foram à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE) solicitar apoio dos deputados. Eles solicitaram um requerimento manifestando a posição da Casa em favor do Revalida, para ser encaminhado ao Ministério da Saúde.

O presidente em exercício da AL-CE, Tim Gomes, solidarizou-se com a causa e afirmou que a proposta do requerimento será votada, ainda hoje,, pelos deputados. “A Casa nunca foi a favor da vinda de médicos estrangeiros sem o Revalida. Existe todo um problema estrutural no País e trazer profissionais de fora não vai resolver a situação”, ressaltou.

 

Foto: Fábio Lima

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