A questão da acessibilidade e sua importância como meio de promover a inclusão social de pessoas portadoras de necessidades especiais tem sido bastante lembrada pela mídia e população no geral. No entanto, ainda é comum nos depararmos no dia a dia com situações em que pessoas ditas “normais” têm dificuldades em ir e vir, interagir com outros indivíduos, culturas e até mesmo ter acesso ao conhecimento, em escolas, por exemplo.
Em muitos estados brasileiros a questão do transporte escolar ainda é preocupante. Muitas vezes ele até existe, mas em condições deploráveis, resultando em um grande risco para os estudantes. Para debater melhorias nesse serviço, no Ceará, um seminário reuniu representantes de diversos municípios e da secretaria de educação (Seduc) na última sexta-feira (11), em Fortaleza.
Segundo o secretário adjunto da educação no estado, Armando Simões, o encontro serviu para reunir e discutir alternativas para a gestão do transporte escolar no interior. “Fizemos inicialmente um diagnóstico do transporte no estado e, depois, a apresentação de algumas experiências de Aquiraz, Tauá, Morrinhos e Petrolina (PE), que têm sucesso na gestão do transporte escolar”, explicou.
Durante o encontro foi apresentado um projeto piloto da Seduc, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), sobre a gestão das rotas e a análise de custos do transporte escolar. “Esse projeto pega a informação das residências dos alunos para otimizar o planejamento de rotas e criação de uma base de cálculo de custos para aumentar a agilidade do serviço”, disse Armando Simões.
Ainda de acordo com o secretário, os principais desafios para melhorar os serviços dizem respeito ao planejamento de redes e rotas pelas prefeituras. “O que posso sinalizar de imediato é que os municípios devem fazer um melhor planejamento, com a construção de parcerias para viabilizar um mercado de prestadores de serviços, como o Sebrae ou outras linhas de crédito”, explicou Simões.
Outra questão apontada pelo gestor é a padronização da oferta de transportes escolares, realidade já existente em Aquiraz e Morrinhos. Segundo Simões, o momento agora é de fazer um balanço do seminário e do que será colhido com o resultado.
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