Planejamento financeiro, poupar pensando no futuro. Nada disso costuma passar pela cabeça das crianças antes de começarem a ter as primeiras noções sobre dinheiro. É comum os pais se depararem com dilemas na busca do equilíbrio entre dar o melhor à seus filhos e ensiná-los a valorizarem o que têm. O grande desafio na hora de iniciar a educação financeira dos pequenos, é mostrar que o dinheiro é um recurso limitado e que é preciso diferenciar o que é necessidade e o que é desejo.
Quando a criança aprende, deste cedo, a lidar com o dinheiro, a reconhecer a importância dele e a valorizar suas conquistas neste sentido, ela se torna um adulto financeiramente responsável. Isto ajuda, inclusive, a manter o planejamento financeiro da família, que precisa, sempre, da colaboração de todos para ter sucesso. Nesse momento entra em cena a mesada, que torna-se um excelente instrumento na educação financeira.
Segundo especialistas em comportamento infantil, é através da mesada que a criança pode aprender a lidar com a frustração de querer algo para o qual não tem dinheiro e passa a saber esperar e poupar para atingir esse objetivo. Dessa forma, elas aprenderão não só a pesquisar preços, poupar e planejar compras como também ganharão maturidade ao ter que fazer escolhas e conviver com limites.
Entretanto, a participação ativa dos pais no dia a dia financeiro das crianças é fundamental. Eles não devem esquecer que o importante não é apenas dar o instrumento – a mesada, e sim, dar muitas orientações sobre educação financeira para os filhos. Com isto, os pais perceberão que é mais econômico e mais produtivo também nas questões financeiras.
Mesada é coisa séria! Os especialistas também alertam que ela não pode ser um instrumento de troca, como, por exemplo, um incentivo para que a criança tire boas notas na escola ou para que ela colabore com atividades domésticas. E, na hora de gastar as economias, os pais não devem interferir. Mesmo sabendo que os pequenos irão se arrepender depois.
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