Mulheres do teatro cearense ganham documentário feito por coletivo

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mulheres do teatro cearense

Uma das coisas mais importantes é lutar pela preservação da memória e da cultura de um povo, certo? Então, desde 2020 duas mulheres iniciaram um trabalho de pesquisas e ações ligadas à memória e reconstrução histórica da área artística. E a forma como elas fizeram isso? A partir de personalidades e mulheres artistas. Nascia assim o Coletivo Antonietas que agora, chega com seu primeiro grande fruto: um documentário com enfoque nas mulheres do teatro cearense.

Mulheres do teatro cearense
Edla Maia e Juliana Tavares, fundadoras do Coletivo Antonietas

Edla Maia e Juliana Tavares são os nomes por trás do Coletivo Antonietas. As duas são pesquisadoras ligadas ao universo das artes e do teatro. E da realização das duas, mulheres cearenses e feministas, que motivadas por discussões sobre a invisibilidade de mulheres nos registros oficiais da história, nasceu o Doc. Teatro: Mulheres, Cena e Memória. Em formato de média-metragem, a produção apresenta as narrativas e trajetórias de mulheres que fazem parte ativamente da história do Teatro na cidade de Fortaleza. Então, são elas a diretora teatral Herê Aquino, a atriz e produtora cultura Kelly Enne Saldanha, a atriz Hiramisa Serra (atriz) e a também atriz e cantora Marta Aurélia.

Um filme que vai além da carreira das mulheres do teatro cearense

Em cinco meses de produção, o documentário buscou explorar as diversas dimensões da vida pessoal e profissional de cada protagonista, em suas diferentes épocas, idades, e realidades sociais. Então temas como carreira, família, a maternidade (ou não) dessas artistas e a conciliação de tudo isso com o ofício de fazer arte, são compartilhados durante sessenta minutos. Mas, ao mesmo tempo, esses temas também se confundem com inúmeras fases do teatro cearense.

mulheres do teatro cearense

A escolha dessas atrizes ganha justificativa exatamente pelo o que já foi citado acima: são artistas que indiscutivelmente colaboraram e ainda contribuem para a memória do ofício teatral de Fortaleza. Isso porque elas marcaram fortemente essa história com suas criações e trabalhos. Em resumo, a pergunta impulsora do projeto é: “Quantas e quais outras mulheres tiveram seus trabalhos apagados ao longo da história contada por homens e para homens”?

O Doc. Teatro foi fomentado com recursos da Lei Aldir Blanc por meio da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (SECULTFOR). Ele terá exibição no dia 12 de fevereiro, às 21h, integrando a programação virtual do canal do Youtube do Cine Teatro São Luiz. Uma homenagem e verdadeiro resgate das importantes histórias dessas e de todas as mulheres do teatro cearense.

Fotos e vídeo: Reprodução

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