De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as brasileiras estão tendo menos filhos cada vez mais tarde. A principal explicação para essa redução é a ampliação do planejamento familiar. Com mais acesso à educação e com uma progressiva participação no mercado de trabalho, as mulheres estão planejando o tempo certo para a gravidez e isso constantemente vem acontecendo depois dos 30 anos de idade.
A boa notícia para quem foi ou deseja ser mamãe mais tarde é que, segundo um estudo recente da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, as mulheres que são capazes de engravidar após os 30 anos têm maiores chances de viver até uma idade mais avançada do que aquelas que têm o seu último filho antes dos 30.
A pesquisa que foi divulgada no site ozy.com revelou que nessas mulheres, cujo corpo e sistema reprodutor permitirem uma gravidez mais tardia, as chances de envelhecimento em um ritmo mais lento são grandes.
Para chegar a essa conclusão os pesquisadores realizaram um levantamento com 551 famílias, que tinham membros que viviam até uma idade bem avançada. De 462 voluntárias pesquisadas, os estudiosos descobriram que aquelas que deram à luz a seu último filho depois dos 33 anos eram duas vezes mais propensas a viver até os 95 anos de idade ou mais. Isso em comparação com as que tiveram seu último filho aos 29 anos.
Ainda de acordo com o estudo, o DNA pode mostrar sinais de variantes genéticas que retardam o processo de envelhecimento e também reduzem o risco de doenças que prejudicam a fertilidade.
Há dez anos, metade das brasileiras engravidava antes dos 24 anos. Dados do IBGE também revelam que as regiões Norte e Nordeste foram as que mais tiveram redução da fecundidade. Especialistas explicam que essa tendência de queda vem sendo observada nas últimas décadas em países em desenvolvimento.
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